quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Uma constante e variável forma de se pensar...

" Posso não saber o que quero...
Mas o que não quero, sei muito bem!"

Com o tempo nos tornamos mais exigentes, em todos os sentidos. Tudo passa a ser mais criterioso para que haja aceitação e há também o fato de que os gostos mudam. E como mudam! Se parar para pensar nesse processo de mudanças, eles começam lá atrás, quando deixei de querer usar as roupas que minha mãe queria que eu usasse, ou o corte de cabelo tigelinha daquele cabelo preto, liso e escorrido... Ter o meu gosto, a minha opinião, minhas vontades.

Não se torna exigente sem conhecer e é para isso que existe a experiência, a curiosidade do novo, a ousadia e até mesmo os empurrões. Ousei um dia saber até onde eu podia ir e descobri que posso ir muito longe, por horas e horas, incansavelmente, destemidamente até chegar no destino proposto e, as vezes, além dele. Descobri que nesse caminho toco estrelas, deslumbro ceus e provo novos sabores. Percepções ao novo... Hoje, prefiro guaraná à coca-cola, entende? Literalmente e figuramente falando.

Junto com esse processo de mudanças e definição de gostos, acabo montando a minha personalidade e o modo que sou vista perante minhas ações, atitudes e escolhas. Posso me colocar em diversas situações... Festas, barzinhos, baladas, empresas ou qualquer outro lugar que nele habitam seres humanos. Definitivamente, você é aquilo que constrói para si. Se eu me colocar em uma posição porra-louca, é nela que as pessoas irão me ver... Se me colocar na posição careta, também é nela que as pessoas irão me ver.

Pai, irmão, mãe, baladeiro. Certinho, bonzinho, legal, chato, "dado", quieto... Enfim, é a sua imagem! E tudo o que fica exposto está sujeito a uma série de prós e contras. Está sujeito ao sol, calor, ventos, brisas... Relâmpagos e tempestades. Diversas situações que podem te fazer querer permanecer por simplesmente fazer bem, ou querer mudá-la por certo incômodo ou porquê simplesmente você não suporta mais aquele reflexo no espelho, que mesmo mudo, grita e anseia por mudanças radicais, te faz uma cobrança cega sobre tantas coisas que você deixa passar, mas não deveria. No meu caso, eu perdi o meu medo da chuva, parafraseando Raul.

Filosofias baratas divagam sobre auto-aceitação. Eu discordo de certas teorias por acreditar, tornando-me redondante, que você cria a sua imagem com aquele pacote recheado de complexos, dúvidas, desejos retraídos e um monte de "se's" contornando a embalagem. Acredito, sim, em mudanças e que possamos radicalizar em determinados comportamentos, desde que não se perca a essência e desde que você não mude para agradar ninguém, além de si mesmo.
Não é dizer sim para tudo e tão quanto não para tudo, é saber o que se quer, onde se quer e como quer. Ter opinião e defender seus valores. Traçar aquela linha reta com os objetivos e olhar para frente focando a meta. Se olhar para trás, que seja apenas para aprender com o que se foi, mas não para ficar preso no passado. Lembrando que pensamentos sem ações, são apenas pensamentos...

6 comentários:

  1. Arrazou JAY...esse é o caminho,lendo esse texto senti que foi escrito pra mim e por mim, muitas coisas que eu queria dizer e nao tinha palavras e vc as encontrou...simplesmente lindoooo...Parabéns.
    bjs
    Ari

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  2. Jamille,
    Seus textos como sempre é uma bela reflexão.
    É isso menina. Podemos ser quem quisermos ser.
    Só não podemos enganar quem do espelho te olha.
    Essa é a única que tem todos os esconderijos abertos na tua mente.

    Beijos

    Eu sou um ser comum, que fez do amor a ponte para mudanças. `Quando não consigo mudar por dentro, começo por fora mesmo, como cabelo, outra cor de batom etc...quando isso acontece, sei que inevitável, a mudança por dentro. E assim vou sendo essa pessoa que coloca os sentimentos a flor da pele, para viver intensamente todos os momentos seja bons ou ruins!!
    Beijos no ♥

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  3. Querida amiga avassaladora ... existe uma teoria bastante logica sobre essas e outras angustias do humano.... Chama-se janela Johari e diz o seguinte, segundo a wikipedia:
    Janela de Johari é uma ferramenta conceitual, criada por Joseph Luft e Harrington Ingham em 1955, que tem como objetivo auxiliar no entendimento da comunicação interpessoal e nos relacionamentos com um grupo.

    Este conceito pode aplicar-se ao estudo a interacção e das relações interpessoais em várias situações, nomeadamente, entre indivíduos, grupos ou organizações.

    A palavra Johari, tem origem na composição dos prenomes dos seus criadores: Jo(seph) e Hari(Harrington).

    O conceito tem um modelo de representação, que permite, revelar o grau de lucidez nas relações interpessoais, relativamente a um dado ego, classificando os elementos que as dominam, num gráfico de duas entradas (janela): busca de feedback versus auto-exposição, subdividido em quatro áreas:

    - Área livre ou eu aberto;

    - Área cega ou eu cego;

    - Área secreta ou eu secreto;

    - Área inconsciente ou eu desconhecido.

    Para compreender o modelo de representação, imagine uma janela com quatro "vidros" e em que cada "vidro", corresponde a uma área anteriormente descrita, sendo a definição de cada uma delas:

    • Área livre ou eu aberto – zona que integra conhecimento do ego e também dos outros;

    • Área cega ou eu cego – zona de conhecimento apenas detido pelos outros e portanto desconhecido do ego;

    • Área secreta ou eu secreto – zona de conhecimento pertencente ao ego e que não partilha com os outros;

    • Área inconsciente ou eu desconhecido – zona que detêm os elementos de uma relação em que nem o ego, nem os outros têm consciência ou conhecimento.

    Para se entender melhor o funcionamento da janela, vejamos o seguinte exemplo:

    Numa relação recente, quando dois interlocutores (duas janelas), iniciam o seu primeiro contacto, a interacção apresenta áreas livres muito reduzidas, áreas cegas relativamente grandes, áreas secretas igualmente extensas e obviamente áreas inconscientes intactas.

    Não é interessante?

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  4. Belissimo texto, sentimentos e verdades nos caminhos da vida...vindo conhecer seu blog e voce tá de parabens...um beijo e uma bela terça feira..

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  5. Jamille,
    ---.•:*¨`*:•....•:*¨`*:•.- Pouca coisa é
    --:*: ........................:*:- necessária para
    --*: .........................:* - alegrar o dia.
    ---•' ....................... •* - Basta ter
    ----*,. ...................,* - amor no coração
    ------*•, .............,•*- e amigos como
    --------*•, ......,•*- VOCÊ!!!
    -----------`°♥°´

    Tem pessoas que aparecem na minha vida e que vem para ficar , voce é uma delas.
    Obrigada pelo carinho
    Beijo e um fds de muita paz!

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  6. E assim amadurecemos um dia a mais em nossa jornada rumo à vida... a ampulheta que conta o tic tac, ao mesmo tempo em que nos apressa a conhecer, vivenciar, aprender... descobrir (-se)...
    A auto descoberta é fabulosa, e mudar por sí só, olhando no espelho e adequando aquilo que lhe é de suma importância faz toda a diferença...
    Os outros? Ah, eles ficam juntos na casa dos "se's", aqueles que damos uma importância menor, mas que de certa forma estão lá olhando por nós!

    Te amo!

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O uso da palavra define o ser humano. Raramente, num instante de meditação, ficamos livres do pensamento. Uma das nossas características centrais é que falamos quase o tempo todo, não apenas com palavras físicas, mas também mentalmente. Quando não dizemos nada para os outros, estamos dizendo coisas para nós próprios. Quando não escutamos alguém, ouvimos dentro de nós a voz interior das esperanças e anseios que habitam nosso universo pessoal.
Portanto, sintaxe a vontade, para expressar-te aqui!