quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Esteriótipos [Uma reflexão um tanto quanto pessoal]


Como sempre digo, costumo passear muito por blogs e pelo orkut, e garanto, tem coisas que até Deus duvida! Mas tem muita coisa repetida também, e uma recorrência que tem chamado minha atenção, é a respeito da vitimização que as pessoas com excesso de peso se impõe.

Vivem reclamando que não são assumidas nos relacionamentos, que só as querem para sexo, mas que para construírem laços preferem as pessoas magras, etc, etc... no mesmo tom até a náusea. Então, como pessoa questionadora que sou, perguntei-me: será que é mesmo assim?

É claro que os padrões atuais de beleza estão calçados no utópico mundo das top models, que são magérrimas e elegantíssimas por força da profissão que escolheram, mas, até onde é isso que realmente importa é a pergunta que não quer calar.

Nos meus parcos 24 anos, nunca vi um homem, mesmo os mais inseguros ou imaturos, que prezam demais o olhar da sociedade sobre si, que abrisse mão de estar com uma mulher por quem realmente estivesse apaixonado porque ela fizesse parte de uma ou outra exceção. No fundo, as pessoas não mudaram muito no decorrer dos milênios, a programação humana continua a mesma.

O que move um ser ao outro não é só sua aparência (se fosse assim, não existiriam belos sofrendo por amor!), mas é uma química quase inexplicável, que faz com que sejamos capazes de superar qualquer obstáculo, até mesmo os de nossas convicções mais profundas, para estar junto daquele ser que, naquele momento (ninguém disse que tem que ser eterno!), é todo nosso querer.

Usar o excesso ou falta de peso, cor da pele, tipo de cabelo eu sei lá mais o que, como desculpa para baixa auto-estima é um cruel modo de vitimizar-se, demonstrando imensa imaturidade emocional. Mesmo numa sociedade fútil como a de nossos dias, não dá para tomar esses quesitos como causas reais da infelicidade amorosa de alguém.

Também não é segredo, que para ser amado, antes, o indivíduo precisa se amar, e isso inclui sim, zelar por sua aparência, mas... quem disse que obesidade é sinônimo de feiura? Pode procurar em qualquer dicionário de qualquer língua, não é!

Uma pessoa que se ama, que zela pelo seu bem estar, por sua aparência, por sua saúde física, emocional e psíquica, só fica sozinha se optar por isso, não sofre de solidão, vai ter sempre alguém querendo compartilhar a vida com ela, porque vale a pena. Agora, passar o dia em frente à TV, comendo feito um animal e vestindo bermudas e camiseta de campanha para deputado não ajuda ninguém! Nem magro nem gordo! Deprimir-se com a própria vida é um sério indício de doença psíquica, que deve ser tratada por um profissional competente, não virar desculpa para vitimizar-se cada vez mais.

Existe gente que magoa as outras por aí? Claro que existe, mas essas estão doentes tambem, precisam de tratamento tanto quanto as que se vitimizam pela aparência sem fazer nada para mudá-la. Esses, não merecem nosso crédito.

Para ser amada, a pessoa tem antes que se amar, que se respeitar, que se admirar! Então meus amigos, vamos tentar refletir sobre esse tema, e discutir o que podemos fazer por nós mesmos, para sermos cada vez mais felizes, porque afinal de contas, essa é a única razão para estarmos nesse planeta tão lindo, sermos felizes, naturalmente, como tudo na natureza.

Eu me presenteio, sempre, com livros, cds, roupas, perfumes, acessórios, enfim, com tudo aquilo que gosto e que me deixa feliz.

E vc, o que faz para se deixar feliz?

6 comentários:

  1. Oi!
    Você não faz idéia de como seu texto se encaixa em minha vida! Eu sou uma pessoa insegura, ou melhor, me tornei uma pessoa insegura por estar um pouco acima do meu peso (e eu nunca disse isso à ninguém além do Gristiel). Porém, nunca tive problemas sentimentais causados pela solidão.
    O que eu faço para me fazer feliz? Eu me conheço. Tento descobrir um pouco de mim. Isso faz uma diferença enorme! E é isso que tem me ajudado a superar alguns "fantasmas internos", sabe?
    Pessoas que criticam, principalmente a aparência, sempre existirão, mas o importante é que não funcionemos como esponjas, que tudo absorve!

    Beijos linda!
    E se cuida ;)

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  2. Ixi, ser gordinha é meu trauma de infância. Agora estou 10 KILOS MAIS MAGRA... Arrasando, desfilando pelo mundo e...cada vez mais surtada, retardada e mal-amada! aUHAHuhuaH... E lá se vão mais umas teorias: 1) "As barangas dominarão o mundo - quanto mais feia a pessoa é, mais ela se sente a última bolacha do pacote!" e 2)"Ser uma diva é luxo puro, mas toda diva sofre de amores: Amy Winehouse, Elisabeth Taylor, Marylin Monroe, Princesa Diana, etc".... Exageros à parte, hoje mesmo eu estava pensando o que fazer para ficar feliz. Tenho umas respostinhas, sim: cuidar da minha vidinha, ler muito, trabalhar, ser responsável, calar a boca um pouco, não pensar no que faz mal, gostar do que faz bem de verdade, não achar que eu sou a Amelie Poulain. Estou tentando, juro! Um dia de cada vez. :)
    Beijos e cuide-se!

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  3. Posso complementar com uma coisa, se você for sincera(o) consigo mesmo sera com os outros, se você se amar, conseguirá amar os outros... mas como disse o Renato Russo ( nos deram espelhos e vimos um mundo doente)!!!!!!

    Beijos

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  4. Você tem razão, Jamille!
    O amor tem que começar dentro gente. Uma pessoa infeliz e de mal com a vida faz com que as portas interiores se fecham com a solidão dentro.

    Beijo,
    Inês

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  5. É triste isso!
    Concordo contigo qdo diz que pra amar alguém a gente tem q ter amor proprio primeiro!

    Beijo

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  6. OI flor, problemas de baixa auto-estima sao bem coplexos msm neh... mas as vezes e fase.... eu por ex:... sou gorda mais sou feliz huahuahua.ou pelo menos aprnedi a me aceitar como eu sou,,, claro tentando melhorar a cada dia, mas sendo feliz como sou.....

    exite todo um trab psicologico por tras de algumas situações neh e as vezes esse trab nao depende de outras pessoas, mas somente de nos msm.......

    ... um texto interessante ainda mais perante a realidade atual de sobre peso neh....

    bjus e te cuida

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O uso da palavra define o ser humano. Raramente, num instante de meditação, ficamos livres do pensamento. Uma das nossas características centrais é que falamos quase o tempo todo, não apenas com palavras físicas, mas também mentalmente. Quando não dizemos nada para os outros, estamos dizendo coisas para nós próprios. Quando não escutamos alguém, ouvimos dentro de nós a voz interior das esperanças e anseios que habitam nosso universo pessoal.
Portanto, sintaxe a vontade, para expressar-te aqui!