sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Tempo de Respirar


Tem horas que, como qualquer ser humano normal, eu preciso pausar o meu tempo pessoal. Indiretamente isso acaba afetando pausar também minhas postagens, minhas visitas...

Tem horas que me faltam ar e palavras, respectivamente, e nessas horas eu fico torpe. É algo comparável ao uso desenfreado de uma droga que vicia, que te faz bem, mas que ao mesmo tempo te tira do chão e faz voar, te desinfla os pulmões, te dá alegrias para continuar, flutua, balança, envolve.

Chama-me a atenção ao fato das diferenças de situações, vista circustância de que em momento algum posso reclamar do que está acontecendo, das pessoas que estão entrando em minha vida e das que sairam definitivamente.

Das que sairam, bem, fica meu pesar. Já das que estão entrando, fica meu apreço, minha admiração de caráter, valores e sentimentos que eu achava que seriam incapazes de compôr características humanas. Pessoas maravilhosas, pessoas que acrescentam. Meu presente de Natal.


Se felicidade fosse verbo eu o conjugaria, como não é vai pelo verbo estar mesmo:

Eu estou feliz... Ele está feliz!!!!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Hoje é seu dia!!!!

Dezembro, 14 de 2008

Pow,

Pessoas entram em nossa vida, é fato. Mas é fato também que algumas delas passam e ficam somente em nossa lembrança. Outras vêm para ficar assim como você.

Em meio a tantas voltas e giros que a vida dá, sempre me surpreendo com a essência que cada pessoa me traz, durante esses giros encontramos muitas pessoas que nos marcam e que nos deixam alguma coisa especial.
Com você é assim... A gente se conheceu de repente, daquele jeito que somente a vida nos prepara, fruto da curiosidade em saber quem era realmente aquela pessoa tão especial e tão comentada em sala de aula, daí então o encontro que jamais esquecerei, as conversas, as confidências e as faltas de confidêncas, gostei da sua forma de falar, de agir, de me tratar, do seu olhar doce, sem comentar dos olhos mel mais lindo desse mundo.

Parafraseando um autor desconhecido:

"Ontem é história
Amanhã é mistério
Hoje é um presente"

Quem faz aniversário é você, mas quem ganha o presente na verdade são amigos como eu, que tem o privilégio de conviver contigo, porque você é uma pessoa pra lá de especial, obrigado por fazer parte de minha vida e ainda mais por ser um grande preciosidade pra mim...

Amo a lot! rsrs*

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O [In]Esperado

"As estrelas brilham sem saber mas cada vez melhor
Pois foi só você aparecer todas desceram pra ver você brilhar de cor
O que mais chamou minha atenção sua expressão sutil
Isso eu já não posso esquecer porque não foi só visão o coração sentiu
A tenda da noite enche de sombra um sonhar vazio
Percorri tantas fontes até ver você sair do nada pros meus horizontes
Que a manhã pura e sã com as mãos de jasmim vá roçar seu rosto
Pro amor ardente despertar por mim
Deus é pai, vai saber se acontecer serei seu até o fim
E em tempo de chuva que chova eu não largo da sua mão
Nem que caia um raio eu saio sem você na imaginação"
Se acontecer - Djavan


Há momentos que devem ficar na memória, momentos que não podem ser apagados, que não podem ser substituídos... únicos.
Descoberta de palavras novas, palavras estas que podem até fazer parte do cotidiano, mas com um significado novo.
Intrigante... Provocante... Tentador.
Provida dos grandes "pecados do mundo" não me disponho as explicações, não ofereço respostas às perguntas que meu sorriso de bom dia está a despertar na curiosidade alheia. Nem tão quanto a aquele sonzinho de uma trilha sonora que está me entorpecendo aos poucos. Lembro-me então das frases de Fogo, Capital Inicial:

"Eu já não sinto nada
Sou todo torpor
É tão certo quanto o calor do fogo
É tão certo quanto o calor do fogo
Eu já não tenho escolha
Participo do seu jogo
Eu participo
Não consigo dizer, se é bom ou mal...."
É assim, acontece. Como pode acontecer comigo, com você, com todos.
Em um dia qualquer, sem hora marcada, sem premeditações de palavras, sem interesse, sem máscaras ou mentiras aparece um cenário novo, um personagem novo nessa grande peça da vida. Só que dessa vez, não é para atuar apenas como coadjuvante.

"Every time
Every mine...
Every ours"

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Minha trilha sonora


Para quem me conhece, e quem me lê, não é novidade eu começar o post com um início de uma música. No entanto, eu parei para pensar em trechos que talvez definiriam minha vida. Aí vão algumas:

About-me:

"Você pode me ver do jeito que quiser/ Eu não vou fazer esforço pra te contrariar/ De tantas mil maneiras que eu posso ser/ Estou certa que uma delas vai te agradar/ Porque eu sou feita pro amor da cabeça aos pés/ E não faço outra coisa do que me doar/ Se causei alguma dor não foi por querer/ Nunca tive a intenção de te machucar." (Rosas - Ana Carolina)

Para a vida:

"Nós que passamos apressados / pelas ruas da cidade/ merecemos ler as letras e as palavras de gentileza/ por isso eu pergunto a você no mundo/ se é mais inteligente o livro ou a sabedoria/ o mundo é uma escolaa vida é um circo/ amor palavra que liberta/ já dizia um profeta..." (Gentileza - Marisa Monte)

Para relaxar:

"A barca segue seu rumo, lenta/ como quem já não quer mais chegar/ como quem se acostumou no canto das águas/ como quem já não quer mais voltar..." (Caminho das Águas - Maria Rita)

Para escrever:

"Solo de Piano: Bella's Lullaby de Carter Burwell"

Uma lição:

"If there's lessons To be learned/ I'd rather get My jamming words/ In first, so/ When your playing With desire/ Don't come running To my place/ When it burns Like fire, boy" Traduzindo: "Se há lições para ser aprendidas/ Eu prefiro obter minhas palavras atravessadas/ em primeiro, então/Enquanto você faz o seu jogo do desejo/ Não volte correndo para cá quando aí estiver pegando fogo, rapaz" (Sweet About Me - Gabriella Cilmi)

Pras pessoas com pouca simpatia sobre mim:

"Se você quer brigar e acha/ que por isso estou sofrendo/ Se enganou, meu bem, pode vir quente que eu estou fervendo/ Pode tirar seu time de campo/ O meu coração é do tamanho de um trem/Iguais a você, apanhei mais de cem/ Pode vir quente que eu estou fervendo" (Pode vir quente que eu estou fervendo - Barão Vermelho)

Fossa:

"Saí à toa nessa madrugada/ Sem saber porquê/ A noite daqui é tão linda e me faz me perder/ Penso num belo horizonte em poder te ver/ Sei que eu não tenho mais nada a perder/ Meu carro que não quer mais andar/ Essa noite que não quer terminar/ Onde está você meu amor?/ Eu preciso de um pouco de calor" (Um pouco de calor - Ney Matogrosso)

Choro com:

"Sometimes I feel so happy/ Sometimes I feel so sad/ Sometimes I feel so happy/but mostly you just make me mad/Baby, you just make me mad/ Linger on your pale blue eyes/ Thought of you as my mountain top/ thought of you as my peak/ A thought of you as everything/ I've had, but couldn't keep/ I've had, but couldn't keep" Traduzindo: "Às vezes sinto-me tão feliz/ Às vezes sinto-me tão triste/ Às vezes sinto-me tão feliz/ Mas na maioria das vezes você me enlouquece/ Baby, você me deixa louco/ Prolongue seu pálido olhar azul/ Imagino-te como o topo de minha montanha/ Imagino-te como meu cume/ Imagino-te como tudo/ O que eu tinha, mas não consegui segurar/ O que eu tinha, mas não consegui segurar." (Pale Blue Eyes - Marisa Monte)
Danço com:

"What are we suppose to do/ After all that we've been through/ When everything that felt so right is wrong/ Now that the love... is.. gone.../ There is nothing left to prove/ Now you still deny the simple truth/ Can't find the reason to keep holding on/ Now that love is gone" Dispensa tradução - (Love is Gone - David Guetta)

Eterna:

"Hoje contei pras paredes/ Coisas do meu coração/ Passeei no tempo/ Caminhei nas horas/ Mais do que passo a paixão/ É um espelho sem razão/ Quer amor fique aqui?/ Meu peito agora dispara/ Vivo em constante alegria/ É o amor que está aqui" (Amor I Love You - Marisa Monte)
Em suma:
"Eu admiro o que não presta/ Eu escravizo quem eu gosto/ Eu não entendo./ Eu trago o lixo para dentro/ Eu abro a porta para estranhos/ Eu cumprimento./ Eu quero aquilo que não tenho/Eu tenho tanto a fazer/ Eu faço tudo pela metade./ Eu não não percebo./ Eu falo muito palavrão./ Eu falo muito mal./ Eu falo muito./ Eu falo mesmo./ Eu falo sem saber o que estou falando./ Eu falo muito bem./ Eu minto" (Tudo pela Metade - Marisa Monte)


Muito mais a ser ouvido, muito mais para me inspirar, essas são apenas uma pequena amostra.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Tudo pela Metade

"O ciume é uma constrangida homenagem que a inferioridade presta ao mérito"
Quem nunca teve ciúmes que atire a primeira pedra. Eu, particularmente tive problemas pessoais com esse sentimento. Mas por que sentimos ciúmes? Este sentimento é movido por fatores emocionais: a posse e a insegurança. Junto à atitude possessiva, pode se encontrar os sentimentos de inferioridade e de rejeição, tudo isso, coligado ao medo de perder a pessoa amada... Amada?

Esses fatores são os culpados por esse inferno particular. E então? O que fazer? O primeiro passo é perder o orgulho e assumir que você é uma pessoa ciumenta.
No ciúme, as dúvidas podem se transformar em idéias supervalorizadas - decorrentes ou não do sentimento de inferioridade, ou sinceramente muitas das vezes, delirantes.

Depois das idéias de ciúme, a pessoa é compelida à verificação compulsória de suas dúvidas. Daí que os sentimentos de posse, desamor e insegurança passam a ser irracionais.
E o que acontece? Principalmente na relação amorosa, a tendência é tentar exercer controle sobre os passos da outra pessoa. Começam assim as cobranças, as brigas e a vida a dois se transformando num verdadeiro inferno.

Afinal, sentir ciúmes é normal? Tão normal quanto sentir saudades, por exemplo. Mas, ainda como a saudade, o ciúme é um sentimento normal quando surge como resposta a uma situação real, imediata, com sua duração limitada há um tempo que nem sempre é definido, porém certamente limitado.

Quando o ciúme, entretanto, começa a se prolongar no tempo e aumentar de intensidade, alguma coisa deve estar acontecendo. A saudade, por exemplo, quando intensa e prolongada, pode gerar uma situação mais séria de depressão. O ciúme também, só que atua mais na esfera da angústia e da ansiedade, gerando, portanto, estados ansiosos mais persistentes, portanto muito dolorosos.

É preciso aprender a respeitar limites, ninguém é dono de ninguém. Todos precisam ter sua individualidade, liberdade e principalmente respeito. Valorize-se e ame-se.

E se hoje eu escrevo isso, é porque aprendi muito bem o que pode acontecer a si próprio, você acaba não se sentindo inteira. No entanto, a aprendizagem não pára aí. Viver bem, consigo e com o outro, numa relação de confiança e respeito é muito melhor.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Veneno sem Antídoto

"Tudo é veneno, não há nada que não seja veneno.

O que difere o veneno do farmaco é a dose."

(Paracelsus)

Fiz de você minha fantasia
Troquei consciência entre certo e errado
Pudores e recalcos
Querer e poder.

Ao som do novo,
mas não desconhecido,
Permiti que seu sorriso convidativo trouxesse à tona desejos...
...vontades...
E o único objetivo: você.

Envolvida pelos encantos do momento
Permito-me, então, provar do seu letal veneno.
Sentindo a cada gole o pulsar das veias,
a respiração ofegante,
perda da realidade.

Hoje o sol mata minha pele
Anseio pela noite porquê é nela que tenho o que mais desejo.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Hoje é Dia de Cecília



" Aqui está minha vida.
Esta areia tão clara com desenhos de andar dedicados ao vento.
Aqui está minha voz,
esta concha vazia, sombra de som
curtindo seu próprio lamento.
Aqui está minha dor,
este coral quebrado,
sobrevivendo ao seu patético momento.
Aqui está minha herança,
este mar solitário
que de um lado era amor e, de outro, esquecimento."



Hoje, em comemoração ao aniversário de Cecília Benevides de Carvalho Meireles, ou apenas Cecília Meireles, o Blog Na Dança das Palavras de Leonor Cordeiro propôs a blogagem coletiva no intuito de publicarmos textos que admiramos da poetiza.

"Considero o lirismo de Cecília Meireles o mais elevado da moderna poesia de língua portuguesa. Nenhum outro poeta iguala o seu desprendimento, a sua fluidez, o seu poder transfigurador, a sua simplicidade e seu preciosismo, porque Cecília, só ela, se acerca da nossa poesia primitiva e do nosso lirismo espontâneo...A poesia de Cecília Meireles é uma das mais puras, belas e válidas manifestações da literatura contemporânea."(Paulo Ronáio)

Cecília marca minha adolescência e poetiza minha vida com os seguintes poemas:

"Cântico II

Não sejas o de hoje.
Não suspires por ontens...
não queiras ser o de amanhã.
Faze-te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.
Em todas as existências.
Em todas as mortes.
E sabes que serás assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue:
É a passagem que se continua.
É a tua eternidade.
És tu"

"Cântico VI

Tu tens um medo:

Acabar.

Não vês que acaba todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno."

(Os cânticos acima foram extraídos da "Antologia Poética", Editora Record - Rio de Janeiro, 1963, págs.25, 32.)


O porquê desses cânticos, os mais apreciados por mim? Deixo que ilustre os meus pensamentos, pelas próprias palavras da autora:

"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno."


"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."
(Romanceiro da Inconfidência)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Uma volta e meia


Preso nessa cela
De ossos, carne e sangue,
Dando ordens a quem não sabe,
Obedecendo a quem tem,
Só espero a hora,
Nem que o mundo estanque,
Pra me aproveitar do conforto,
De não ser mais ninguém.
Eu vou virar a própria mesa,
Quero uivar numa nova alcatéia,
Vou meter um "Marlon Brando" nas idéias,
E sair por aí,
Pra ser Jesus numa moto,
Che Guevara dos acostamentos,
Bob Dylan numa antiga foto,
Cassius Clay antes dos tratamentos,
John Lennon de outras estradas,
Easy Rider, dúvida e eclipse,
São tomé das Letras apagadas,
E arcanjo gabriel sem apocalipse.
Nada no passado,
Tudo no futuro,
Espalhando o que já está morto,
Pro que é vivo crescer,
Sob a luz da lua,
Mesmo com sol claro,
Não importa o preço que eu pague,
O meu negócio é viver,
Sob a luz da lua...
Mesmo com sol claro...
Preso nesta cela.


Um comentário foi feito em meu passado. Um questionamento sobre os meus motivos, indagações que sempre mexem com meus pensamentos e com minhas próprias indagações. Eis então que a partir daí percebi que eu estava lutando contra meus próprios gostos.

Mudei a "casa".
Soltei os "Leões" no quintal.
Matei meu "amor".

Mas a cor da parede continuará a mesma, pelo significa dela própria. O Vermelho. O sangue vivo. A paixão.

Chamas...

Eu dei uma volta inteira, continuo a caminhar. Buscando o que me pertence, o meu tesouro.
O Infinito Particular, sempre infinito... mesmo tão pequeno! A vida SEMPRE continua....


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Trick-or-Treat?


Hoje, 31 de Outubro, comemoro (sim, sou adepta a essa cultura pagã) o Dia das Bruxas. E para marcar a data, estou participando da Blogagem Coletiva, promovida pelo Vida Blog.

Um pouco sobre o Halloween:
O Halloween foi levado para os Estados Unidos em 1840, por imigrantes irlandeses que fugiam da fome pela qual seu país passava. A palavra Halloween tem origem na Igreja católica. Vem de uma corrupção contraída do dia 1 de novembro, "Todo o Dia de Buracos" (ou "Todo o Dia de Santos"), é um dia católico de observância em honra de santos. Mas, no século V DC, na Irlanda Céltica, o verão oficialmente se concluía em 31 de outubro. O feriado era Samhain, o Ano novo céltico. Alguns bruxos acreditam que a origem do nome vem da palavra hallowinas - nome dado às guardiãs femininas do saber oculto das terras do norte (Escandinávia).

Halloween no Brasil

No Brasil a comemoração desta data é recente. Chegou ao nosso país através da grande influência da cultura americana, principalmente vinda pela televisão. Os cursos de língua inglesa também colaboram para a propagação da festa em território nacional, pois valorização e comemoram esta data com seus alunos: uma forma de vivenciar com os estudantes a cultura norte-americana.Muitos brasileiros defendem que a data nada tem a ver com nossa cultura e, portanto, deveria ser deixada de lado. Argumentam que o Brasil tem um rico folclore que deveria ser mais valorizado.Para tanto, foi criado pelo governo, em 2005, o Dia do Saci (comemorado também em 31 de outubro).

Já que a Blogagem tem como um dos focos, falar sobre a cultura local, na cidade vizinha a minha, Ribeirão Pires, haverá o tradicional encontro de Bruxas e Magos, promovidos pela Universidade Livre Holística Casa de Bruxa, esse encontro é destinado ao público pagão e aos "curiosos de plantão" também.
O culto tem como foco bruxos seguidores da Moderna Wicca, ou seja, a Bruxaria voltada ao culto à Deusa e ao Deus em sistemas que variam de uma deidade única hermafrodita ou feminina à pluralidade de panteões antigos, mais notadamente os panteões celtas, egípicios, assírrios, greco-romanos e normandos (viking) e tem sua atenção voltada aos dois princípios básicos da Bruxaria: O Respeito ao Livre-Arbítrio, onde, nenhum verdadeiro bruxo buscará doutrinar aqueles que têm outro credo e a Comunhão com a Natureza, o verdadeiro bruxo respeita a natureza, e por natureza ele entende absolutamente tudo o que não é feito pelo homem, inclusive os minerais.

Bruxaria, vai além de preconceitos e do antigo conceito da Igreja, muito além de filmes de ficção, e mesmo que não houvesse o interesse pagão, encontrar paz e harmonia com o corpo e a natureza,trabalhar energias positivas é de grande valia.

Aos adeptos, Feliz Dia das Bruxas !!!!

Bibliografia consultada
Bruxas e Heróis - Polly Young Eisendrath
Diccionario de Las Hadas - Katharine Briggs

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Sobre os que vêm e vão...


É muito provável que você já tenha ouvido a expressão "Em terra de cego, quem tem olho é Rei". E é muito mais provável que você já tenha se sentido traído, enganado e com cara de bobo na multidão. Ou pior, que você já tenha realmente vivido situações que englobam os sentimentos citados.

Qual a diferença? Uma é pensar e ter uma leve sensação, a outra é ter a confirmação do fato.

O que o tal ditado tem a ver com tudo isso? Bem, a grande pergunta é até onde vale a pena fingir que não está vendo e que você sabe a verdade. Até onde passar por cima do seu ego e da sua auto-valorização vale a pena?

A minha intenção aqui não é vitimalizar ninguém e tão pouco apontar culpados. Vejamos:

Você escolhe ou é escolhido por alguém que futuramente poderá ter um relacionamento, no começo as afinidades são relativamente grandes, mesmo gosto para músicas, filmes e alguns livros. Há divergência em alguns pontos de vista quanto ao clima, ou as cores. Mas a princípio vai tudo muito bem. A conversa flui naturalmente e você é capaz de passar horas do dia ao telefone ou mesmo pessoalmente, dialogando sobre temas bem distintos entre si, sejam sobre economia ou até mesmo bobices da vida. Você está se sentindo feliz e até aí é isso que importa.

Mas, e o mas sempre vem, em determinado momento a princesa virou abóbora e/ou o príncipe encantado já virou plebeu. O encanto se quebrou e em algum momento você já não sente a menor vontade de estar ao lado de quem algum dia você sonhou tanto. Começa o jogo de adversidades.

O que fazer quando existe adversidade? Encará-la de forma natural, avaliando se isso trará benefícios para a sua vida, podendo até encarar um fator positivo e construtivo ajudando a criar um novo ponto de vista, ou de cara chutar o balde e perceber que não (!!!) definitivamente não é isso que você quer e que o seu modo de vida é seu e ninguém irá mudá-lo.

Vou ilustrar, digamos que em determinado momento você olhe e diga: "Veja bem, meu bem, eu não gosto de sair a noite, prefiro o dia e os atrativos que ele pode me oferecer, gosto da noite para dormir, descansar e curtir uma preguicinha". É uma adversidade visto que a segunda pessoa gosta, e muito, da noite e das badalações que ela oferece. O que fazer? Entrar em um meio termo e negociações de conduta ou procurar alguém que também prefira o dia?

Talvez seja verdade aquela idéia de que o cérebro não processe o "não" e passamos a cobrar que as nossas vontades sejam feitas, na mesma medida que satisfazemos as vontades alheias e aquela premissa de "fazer o bem sem olhar a quem" já não está presente em nosso cotidiano.

E em uma esquina qualquer, em um bar qualquer, você está ali parada e acontece o nem tão imprevisível assim: aparece aquele que tem um bom papo, bons gostos, um cheiro maravilhoso e um olhar tão magnético que te chama, em uma proposta quase indecente. E você vai... ou faz! Consuma o fato e beija, e se encanta. Porque nesse exato momento a sementinha negativa do seu relacionamento está plantada com o início da frase "veja bem, meu bem..."

Um deslize? Algo sem tanta importância? Depende... depende do dia seguinte, se haverá aquela ligação ou a troca de SMS com frases do tipo "foi bom te conhecer" ou pior, ou melhor, "adorei a noite". Se isso aconteceu, para mim, Jamille, a coisa mais sensata e correta a fazer nesse momento é colocar um ponto final na primeira história e partir para novas emoções, porque manter relacionamento "manco" não compensa. E se acontecer de você descobrir que a situação foi inversa, não tenha medo de dizer o que sente. Mas acabe por aí, porquê viver a sombra de um fantasma que te assombra todas as vezes que ele não atende o celular ou quando te avisa que vai tomar "umas" com os amigos e você imagina mil histórias, é sadomasoquismo.

Amor próprio meu povo... Amor próprio!

sábado, 18 de outubro de 2008

Só louco entende louco


"Eu pensei que fosse o tempo
De achar agora todas as provas
Dentro das últimas horas
Que me restam desse dia
No centro desse quadrado
Desse apartamento
Viajei, não me contento
De me satisfazer com o que é visível
Aí invento uma verdade pra suprir a vaidade
Mas a minha mocidade me faz sofrer
Sim, procurei pela pessoa
Que infernizava os meus neurônios à noite
Mas quando encontrei, pro meu espanto
Aquele cara era eu!
Me enfurnei naquele canto
À procura de uma nova armadura
Pra esconder minha candura, minha paz,
Minha loucura e aproveito enquanto dura
Para ouvir umas ranhuras de Tom Zé"

Não tente me entender.
Eu sofro processos constantes de mutação.
Hora amo, dali a pouco não amo mais.
Hora eu odeio, em menos de segundos... esqueci!
Tenho interesses múltiplos e isso já me causou a leitura de frases como: "Você é estranha".
Vou desde uma batida frenética de um Psicodélico nervoso
À extrema calmaria do solo de piano que faz fundo a esse blog.
Personalidade difícil? Sim! Demais.
Até onde a sinceridade vale a pena?
Até onde expôr o que está sentindo não está relativamente ligado a machucar sentimentos?
Ops, eu disse sentimentos??? Existe isso ainda?
Em um mundo onde olhar para o próprio umbigo é prioridade máxima?
Acho que usei a palavra errada.
Retificando:
Até onde expôr o que está pensando está relativamente ligado a deixar a pessoa ouvinte batendo cabeça na parede se perguntando: "onde foi que eu errei em dizer tal coisa?"
No fundo no fundo, o egocentrismo é maior.
Mal interpretada muitas vezes.
Errando muito, tentando na mesma proporção acertar.
É aqui meu ápice e minha queda.
É aqui que eu exponho o que eu sinto, e nesse momento eu estou revoltada rs*
Vai passar... vai passar...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Ausência


É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais.
Quando eu lhe dizia:
"- Me apaixono todo dia
E é sempre a pessoa errada."
Você sorriu e disse:
"- Eu gosto de você também."
Só que você foi embora cedo demais
Eu continuo aqui,
Com meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você em dias assim
Um dia de chuva, um dia de sol
E o que sinto não sei dizer.
Vai com os anjos! vai em paz.
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez.
É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais
E cedo demais
Eu aprendi a ter tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu, que tive um começo feliz
Do resto não sei dizer.
Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora
Só que este ano
O verão acabou
Cedo demais.


Love In The Afternoon
(Renato Russo
)


Sensações de Déjà Vu presentes dia-a-dia.
Um ciclo vicioso sendo formado e junto com ele as barreiras que impedem o passo seguinte.
Não sei o porque essa semana tenho falado tanto em seu nome.
Recordei-me de pequenos detalhes seu, de quando seu olho passava de azul pra um cinza lindo quando ficava bravo comigo ou com qualquer outra coisa.
E quando essa raiva toda passava, você sorria e me olhava de um jeito que eu nunca soube entender. Aquilo sim, era sinais de amor.
Das nossas conversas de madrugada. Sobre quando eu queria falar e ficava te perguntando:"Cê ainda tá acordado?", e você me respondia: "Claro Jamille, tô aqui.", eu com a minha chatisse, mesmo sabendo que você nunca perderia o interesse em qualquer bobagem que eu dissesse, insistia: "Primeiro, não me chama de Jamille, e me fala o que eu disse, então.", e pacientemente você me dizia palavra por palavra.
Hoje, pela primeira vez, eu me arrependi de verdade por não ter te impedido de partir. Da maneira burra com a qual eu me deixei levar e não ordenar meus pensamentos pelo que era certo. Isso porquê alguns dias antes você havia me dito, como se pudesse prever o meu futuro, o que iria acontecer e como eu iria reagir, a não ser pela única diferença de uma promessa que foi quebrada, você me disse que estaria comigo e seguraria minha mão, assim como fez de outras tantas vezes e de tantas outras maneiras.
Caí na bobagem de acreditar que seria recíproco o que eu estava vivendo na época que te deixei ir. Acreditei nas palavras doces de um olhar amargo. E eu, que tantas vezes disse que o olhar entrega as pessoas, me ceguei por minhas próprias palavras.
Seria mais fácil, talvez, se minhas dúvidas hoje fossem coisas como: Será que ele ainda prefere suco ao invés de refrigerante? Será que ele ainda continua com aquela mania de separar as camisas por cor, por manga e por tecido? Será que ele continua lindo, mesmo quando descabelado e com a gravata larga, demonstrando seu cansaço? Será que a primeira coisa que ele faz quando chega em casa, continua sendo alimentar o peixe betta que fica ao lado do sofá? Será que ele chama outra como me chamava? E que dá a ela preferências que ele nunca cedeu a ninguém? Será que os dois saem de madrugada, procurando a Blockbuster mais próxima, porquê ela perdeu o sono?
Encarar a realidade anda sendo difícil, ter a certeza de que se estás perto de mim, é somente em espírito e memória, dói. Como eu sou a "pedra de gelo" (não era assim que me chamava?) que nunca chora e nunca se arrepende, tá aqui a prova mais que clara de que sim, eu choro, e de que sim, eu me arrependo e mais que isso, eu sinto sua falta.

9 meses, hoje, sem você.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Ciclos e Vivências


"Diante todas as conquistas
Liberdade concedida não me interessa
E eu não tenho pressa pra conferir
Nessa altura do campeonato
Não vou mais sair no braço pra ninguém me engolir
Quem perde é quem prega
Quem precisa é quem nega
O desconhecido exceção à regra
Que confunde e cega os pobres donos do mundo
A diferença tá na crença de quem pensa que pensa
E apenas alimenta
Meias verdades
Meias atitudes
Meias bondades
Nada disso me interessa e eu não tenho pressa pra conferir"

Começo a achar interessante colocar uma música a cada início do post, essa por exemplo, A Diferença da Zélia Duncan, ilustra um momento totalmente meu. Dentre tantas situações vividas, dentre tantos encontros e desencontros, chega uma hora que andar contra o vento cansa, remar contra a maré dá dor nos braços. Ajustar as velas é sim, a melhor opção.
Maturidade com os anos.
Entendimento de situações com o tempo.
Tenho certeza de que há muito a descobrir, muito a desvendar e principalmente, muito a aprender e que não adianta perder a calma, apressar o passo, sair correndo e tropeçar muito por causa disso.

Essas palavras são reflexos dos pensamentos que tive hoje pela manhã, enquanto aguardava minha palestra na Fundação Bradesco. Comecei a pensar nessa coisa de maturidade e tempo, nos ciclos da vida - infância, juventude, maturidade, velhice -, fases que não são determinadas cronologicamente, e na condição humana em constante movimento, o estar ou se tornar (mais) maduro – quando a maioria das potencialidades do ser humano se sazona e se torna realidade. Essas fases da vida estão associadas as mudanças de um conjunto de fatores biológicos, psicológicos e sociais que, de acordo com a história de vida de cada um, interferem em todas as esferas da vida.

Essa fase é caracterizada por ganhos e perdas. Citei a ida à Fundação Bradesco, porque estou fazendo um curso de capacitação para Deficientes Visuais, e praticando meu networking conversando com pessoas de idade superior a minha e área profissional de diversas atuações, percebi que os ganhos mais significativos estiveram relacionados com o conhecimento e a sabedoria vindos da experiência de vida, enquanto as perdas, com o aspecto do corpo físico.
Ficou evidente que a maturidade provém das experiências vividas durante todas as etapas da vida, que ficam registradas e deixam diferentes marcas no corpo de cada uma. A maturidade é um período em que as pessoas voltam o seu olhar para si, uma vez que as situações com família e trabalho - que se configuram como as que mais demandam atenção antes disso -, parecem estar mais resolvidas com os filhos já crescidos e a aposentadoria mais próxima.

Parece que a necessidade de responsabilidade é consigo mesmas. A partir dessa “auto-valorização”, é comum a busca por alternativas para cuidarem de si e também para preencherem o tempo, a necessidade de socialização e trabalho voluntário.

Diante dessas conversas e muitas risadas, percebi que realmente de nada vale a pena tentar pular fases que temos que passar, como diria minha mãe, dar o passo maior que a perna, porque a longa estrada da vida é constituída passo-a-passo.

Prêmio Dardos

Recebi do Blog Nova Poesia o Prêmio Dardos.


Com o Prêmio Dardos se reconhecem os valores que o blogueiro mostra cada dia, em seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais. Blogueiros que em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras.

O Prêmio Dardos tem certas regras:
1. Aceitar exibir a distinta imagem.
2. Linkar o blog do qual recebeu o prêmio.

Repasso para os seguintes blogs:


segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Individualidade [Até onde?]


"Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossivel ser feliz sozinho
O resto é mar
É tudo que eu não sei contar
São coisas lindas
Que eu tenho pra te dar
Vem de mansinho a brisa e me diz
É impossivel ser feliz sozinho
Da primeira vez era a cidade
Da segunda o cais e a eternidade
Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver"

Os versos da canção Wave, de Tom Jobim descreve a necessidade de amor e companhia, além do que todos que buscam, um Final Feliz, certo?Errado! Para o Psicanalista Flávio Gikovate, em seu livro Uma História de Amor... Com Final Feliz, o ideal de amor romântico que predomina no imaginário coletivo está com os dias contados. Baseado nas experiências de atuação na psicoterapia e em suas vivências pessoais, Gikovate apresenta uma proposta inusitada acerca da questão do amor: formar laços que respeitem a individualidade; ou viver só, estabelecendo vínculos afetivos e eróticos mais superficiais.

Essa semana, estava em alta crise existencial, tentando entender de o por quê algumas pessoas insistem em usar a frasezinha clichê "Não estou a fim de me envolver" e comecei a pesquisar artigos que pudessem me dar a luz sobre tal escuridão.

Encontrei uma definição, segundo o autor do livro, diferente de amor, chamado "o + amor", que segundo meus entendimentos traz uma relação compatível com os tempos modernos, que respeita a individualidade. Existe respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar. É parecido com a amizade porque aproxima duas unidades e não duas metades . Basicamente, é uma forma adulta e sólida de relacionamento, na qual a palavra concessão é substituída por respeito.

Acredito sim que parte do medo dos relacionamentos, com a denominação "sério", existam porquê existe o medo de perder a individualidade, o passeio no shopping domingo a tarde com as amigas ou o futebol sagrado de um dia qualquer a noite. Parte do "fenômeno individualista" deve-se ao fato de que duas coisas modificaram esse ideal do amor: a independência da mulher, desequilibrando a idéia de fusão com uma liderança masculina, e o avanço tecnológico, que criou condições extraordinárias para o entretenimento individual. Hoje, há uma briga muito mais ostensiva entre amor e individualidade. Nesse sentido, acho que o +amor , aquele sentimento descrito, tem grande chance de prevalecer.

Com base nessa história de + amor, concluo que se não somos planta, com várias exclamações após essa palavra (!!!!!!), não há razões para qual homens e mulheres tenham medo do envolvimento, até porquê se levamos ao pé da letra, é quase dizer: "Olhe minha filha, o hoje fica aqui, amanhã é passado e você significou alguns momentos de prazer.", em outras palavras, sacrificamos o desejo da carne. Virou pegação, como diria a Denise, "é Créu neles".
Será mesmo que o conceito
Tribalista está virando a Nova Era, ao invés de uma tendência modinha?

domingo, 5 de outubro de 2008

Nova Casa

Click na imagem e vá para lá!!


[Re] Plantar


"Eu quis cantar
Minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei fazer
De puro aço luminoso punhal
Para matar o meu amor e matei
Às cinco horas na Avenida Central
Mas as pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei plantar
Folhas de sonho no jardim do solar
As folhas sabem procurar pelo sol
E as raízes, procurar, procurar
Mas as pessoas da sala de jantar
Essas pessoas da sala de jantar
São as pessoas da sala de jantar
Mas as pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer"


Panis et Circenses, na minha versão favorita cantada pela Marisa Monte, me faz pensar em um mundo desapegado, sem que haja interesse real e de fato sobre acontecimentos.

A que de fato isso me importa?

Quando me dispus a soltar meus panos e felinos internos, tive a certeza de que haveria no começo uma reação de fuga, seguida do medo do inseguro. No entanto, as certezas não parariam por aí, soube que haveria, principalmente, apoio direto e indireto; que haveriam muitos recados carinhosos e de apoio, tão quanto o silêncio das pessoas que continuam na sala de jantar.

Pensamentos jogados ao vento, em outr'hora, me prepararam para encarar o meu mundo, as minhas idéias. Ao mesmo tempo transformando minhas Fugas e Devaneios em algo amadurecido, real e concreto.

Falar sobre o tempo, nem sempre trará coerência ao texto, o que importa são os fatos vividos. O que importa hoje é a minha ascensão interna.

Bem... a labuta!

E aos navegantes, bem vindos!


quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O último adeus e a 100ª postagem!


Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem pra mim:
Se estava virada para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés.
A mesma sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouviudos atentos
E à minha clara simplicidade de alma...

Hoje tenho em meu coração, fincados como estaca de prata, dois sentimentos. O primeiro me alegra demais por ter a certeza de que esse blog viveu por um ano... Dentre tantos altos e baixos de minha vida, ele morreu, sobreviveu, morreu novamente, virou fênix. No entanto, como toda boa história tem um final, a segunda, é que essa fênix interior já não tem mais forças e nem motivos para continuar a brilhar, e esse fosco de cores me faz tomar uma decisão, acredite de verdade nas próximas palavras, de dolorosamente parar de escrever por aqui. Sim, este blog completa sua 100ª postagem e seu aniversário com um ponto final. Fim da linha.

Não quero descrever em milhões de palavras o que esse blog representou para mim, mas em suma, me trouxe muitas alegrias desde aquele 24 de setembro à este. Estou abandonando esse espacinho tão meu principalmente pelo motivo que me levou a escrevê-lo, o sentimento de amor. Vou pular as razões para evitar maus entendimentos. Nós sabemos, e se não existir o nós, eu sei.

Daqui pra frente, não haverá Fugas e tão quanto Devaneios, haverão palavras minhas, com meu nome e minha essência real.

Vou dar tempo a mim mesma, preciso colocar muita coisa em ordem, coisas que deixei passar e que estão me assombrando. Rasgar o passado e começar do zero, começar algo por mim mesma, sem a interferência de alguém, para que nunca mais haja esse sentimento. Resume-se isso que sinto, como uma ressaca mal curada, aquele cheiro do ontem tá aqui, impregnado nessas paredes, nessas cores, nessas letras e nesse nome que insiste em me acordar a noite.

Deixo então meu eterno agradecimento a VOCÊ, que nem sei se vai ler isso aqui, pois se não tivesse me "apresentado" seu blog, eu talvez não teria interesse em escrever coisas a ti, coisas a mim, coisas aos meus amigos. Tenho pelo menos duas coisas pra me lembrar de você, uma terna... a outra eterna!!

Agradeço aos comentários de meus amigos da blogosfera e nem me arrisco a citar blogs, para que eu não cometa o erro desastroso de esquecer alguém. Saibam que todos esses que estão linkados aqui, de forma direta e indireta, complementaram a história do Fugas e Devaneios. Não deixarei de visitar vocês, essa é uma promessa!



PS1: Eu vou escrever um outro blog, e quando acontecer eu avisarei.

PS2: Quando mudamos a direção, tudo muda! É isso, exatamente isso, que estou fazendo!

PS3: Já estou com saudades....



Uma parte que eu não tinha


Não tem sol, nem solução
não tem tempero no meu dia
Não faz mal se a tradição nos traduz outra alegria
Não ter pressa dá a impressão de que a tarde virou tédio
não tem bala, belo, bola ou balão
não tem bula meu remédio.
e não tem cura...
acho que me perdi numa excursão
que fiz na tua certeza e na contradição
e não tem cura...
acho que me perdi numa excursão
que fiz na tua palavra, no teu palavrão
Não tem sol, nem solução
não tem tempero no meu dia
Não faz mal se a situação não traduz nossa alegria
Não ter festa dá a impressão de que o mundo ficou sério
não tem bala, belo, bola ou balão
não tem bula meu remédio.
e não tem cura...
acho que me perdi numa excursão
que fiz pra lua
no meu universo o sol é solidão
e não tem cura... acho que me perdi numa excursão
que fiz pra lua
no meu único verso o sol é solidão
Não tem mal, nem maldição
não tem sereno no meu dia
Não tem sombra e assombração
Não tem disputa por folia
Tem bola de capotão, capitão capture essa menina
tem saudade e saudação
tem uma parte que não tinha...
parte que não tinha... parte que não tinha...

As sem-razões do amor


Eu te amo porque te amo,

Não precisas ser amante,

e nem sempre sabes sê-lo.

Eu te amo porque te amo.

Amor é estado de graça

e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,

é semeado no vento,

na cachoeira, no eclipse.

Amor foge a dicionários

e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo

bastante ou demais a mim.

Porque amor não se troca,

não se conjuga nem se ama.

Porque amor é amor a nada,

feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,

e da morte vencedor,

por mais que o matem (e matam)

a cada instante de amor.


(Drummond)

When you look me in the eye


If the heart is always searching
Can you ever find a home?
I've been looking for that someone
I'll never make it on my own
Dreams can't take the place of loving you
There's gotta be a million reasons why it's true
When you look me in the eyes
And tell me that you love me
Everything's alright
When you're right here by my side
When you look me in the eyes
I catch a glimpse of heaven
I find my paradise
When you look me in the eyes
How long will I be waiting
To be with you again
I'm gonna tell you that I love you
In the best way that I can
I can't take a day without you here
You're the light that makes my darkness disappear
When you look me in the eyes
And tell me that you love me
Everything's alright
When you're right here by my side
When you look me in the eye
I catch a glimpse of heaven
I find my paradise
When you look me in the eyes
Every day, I start to realize
I can reach my tomorrow
I can hold my head up high
And it's all because you're by my side
When you look me in the eyes
And tell me that you love me
Everything's alright
When you're right here by my side
When you look me in the eyes
I catch a glimpse of heaven
I find my paradise
Cause when you look me in the eyes
And tell me that you love me
Everything's alright (it's alright)
When you're right here by my side (by my side)
When you look me in the eyes
I catch a glimpse of heaven
(Oh) I find my paradise
When you look me in the eyes

terça-feira, 23 de setembro de 2008


A vírgula, essa eterna imcompreendida, também merece nossa reverência nesse brilhante texto criado para a campanha dos 100 anos da ABI-Associação Brasileira de Imprensa.


Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.


Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.


Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.


Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.


E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.


Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.


A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.


Uma vírgula muda tudo.


ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.


P.S.:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.


Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.



Extraído do site Stilleto

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O Tempo não pára!


"Palavras, apenas
Palavras pequenas
Palavras, momento
Palavras palavras
Palavras palavras
Palavras ao vento"


Setembro, 19 de 2007

"... -você tem msn? preciso reiniciar...
-Sim, claro. Anota aí."

De repente é uma expressão idiomática ou expressão popular temporal da língua portuguesa que caracteriza algo que acontece inesperadamente ou então de forma brusca e veloz. Se algum fato ocorre de repente é porque ele não foi antecipado e foi tido como uma surpresa para aqueles que o sentiram e/ou presenciaram. Possui o mesmo significado de: repentinamente, de rompante, de chofre, sem mais nem menos, de imediato, de ramotão.
Fonte: Wikipédia

E essa expressão idiomática tomou conta de minha vida, de forma literal mesmo, o inesperado, o novo. O constante... o inconstante. Esse post não é nenhuma apologia sobre relacionamentos fracassados ou não fracassados, ou sobre como fazer seu relacionamento dar certo. Não mesmo, nada disso.

Meu interesse nessas frases de hoje é somente "filosofar" sobre o tempo, sobre a contagem do tempo, sobre interesses comuns, como diria uma música do Catedral "sobre os porquês, de tantos porquês..."

É engraçado, como fala o texto Amor Ampulheta, como nos prendemos a tempos, as datas, aos dias... Essa contagem frenética de minutos que nos fazem ficar totalmente atordoados, hora por pensar em por quê perdemos tanto tempo, ou por quê não aproveitamos mais o tempo. E ainda o por quê de nos prendermos ao tempo para contar a significância de momentos e de pessoas.

O relógio não pára, o tempo não pára. E se você conseguir dar uma espiadinha no futuro, me fala como consegue. Eu por vezes, embora aquele ponteiro no canto inferior da parede rosa continue em sentido horário, me permito pará-lo em meu inconsciente e analizar fatos, momentos, datas... pessoas!

O diálogo a cima expressa um dia importante em minha vida, um dia em que o tempo parou. E quando digo que parou, é no sentido literal da palavra. Não haviam preocupações ao horário, era madrugada, e tão quanto se no outro dia havia um compromisso importante. Mas levando em consideração a data, talvez hoje o texto escrito seria outro. Mas pra que ficar pensando nos "se", se realidade é outra agora...

Na página deste blog tinha uma citação que dizia que "o tempo é uma invenção de homens nervosos", deve ter sido mesmo pois os grandes devaneios de pessoas importantes sempre citam que não importa o quanto durem os momentos, desde que eles tenham sido intensos, profundos e reais.

Não posso e não devo falar em nome de outras pessoas, mas de todos os momentos, desde aquele 19 de setembro, são de grande valia as experiências, os aprendizados e, acredite, as consequências de atos impensados. Um dos bons exemplos é a criação deste blog que "viveu" comigo todos esses momentos.

O problema não é o tempo, é a mistura de sentimentos que ficam, são as marcas profundas e a busca incansável de respostas... Será mesmo que eu tenho uma espécie de deficiência cerebral que não entende o óbvio? Ou será que devo acreditar na frase que me dizia: "Eu sinto que tem que ser com você!"

O problema é que diante de tudo, de todas as verdades eu ainda penso, e pior de tudo, penso sozinha. E se existe um você lendo esse texto, não pense que é melancolia não, tão quanto desejo um "ÔÔÔÔ é sempre assim!", porquê tais expressões eu conheço de cór, o problema e as frases que desejo ouvir vão além disso.

No geral é sempre assim, não há verdade no que não há vida, as flores de plástico não morrem!