terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Dois Quartos...


"O amor em seu carvão
Foi me queimando em brasa no colchão
E me partiu em tantas pelo chão
Me colocou diante de um leão
O amor me consumiu, depois sumiu
E eu até perguntei, mas ninguém viu
E fui fechando o rosto sem sentir
E mesmo atenta, sem me distrair
Não sei quem é você"

Ao som dela percebo que a música certa, pro momento certo é essa... A brasa que me queima, os pedaços no chão, o coração consumido de um amor que mais ninguém viu... O rosto fechado sem sentir, a distração dos sentidos... A tentativa em vão de abrir novas flores no jardim que hoje não oferece piso fértil a quem tenta cultivar... Quem é você?... Quem é você? Quem sou eu? (...) Quem sou eu no meio de toda essa insegurança ingrata e infiél? Quem sou eu em meio a toda essas frases soltas e perdidas em confusão. Não me conheço. Não me conhecem... Não deixo-as conhecer... Palavras... Palavras... Repetidas, destorcidas. Palavras minhas, palavras suas...


"Confesso acordei achando tudo indiferente
Verdade acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final
Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz..."

No meio disso tudo, obrigado por me dar a trilha sonora pra esse momento...

"...escuto um silêncio que há em mim e basta... Outro tempo começou pra mim agora. Vou deixar a rua me levar."
Nas Ruas de Outono os meus passos vão ficar...

domingo, 13 de dezembro de 2009

{Des} Amor

E aí você some...
Some como o vento forte que cessa do nada. Some como as nuvens do céu que abrem espaço para a luz do sol brilhar... Some.. Simples assim.
E a vida continua seu ciclo, ela não pára. Os sorrisos na rua, as novas músicas embalando momentos, nova tecnologia, novas notícias... Realmente o tempo não pára!
E eu?
Eu uso meias palavras, palavras inteiras, palavra repetidas. Eu as uso na ânsia de que sejam lidas e compreendidas. Eu as uso para expressar alegrias, felicidades, conquistas, ansiedade. Perdas, frustrações, delírios e loucuras.
As palavras me perseguem, os pensamentos não me deixam em paz. Nas noites frias é o seu nome que me "assombra"... nas de calor é sua ausência que nada me refresca.
Me dou tempo! Te dou tempo... Pra quê? Buscando o quê? Nem eu sei... A cada toque de celular o nó aqui dentro na esperança hipócrita de que seja você. A cada novo email recebido, o desejo de ter no remetente o seu nome lá, gravado! O tempo corre, demais. E eu to ficando cansada de falar do tempo, de esperar um tempo... de dar tempo ao tempo.
E sabe o que é pior de tudo isso? É perceber que está sendo em vão. Sim, em vão! Sabe o porquê? Por que se é verdade a máxima de que eu te conheço, sei bem que você prefere o braço seguro de quem nada te conforta ao invés de me dar a mão e deixar que eu te leve aos céus... Como bem sei fazer!

Nesse momento, nem eu sei o que sei, não sei o que quero porque está tudo muito confuso aqui dentro. Tento me silenciar, me calar, me distanciar. Mas pra quê isso tudo se o pior de todos os laços contigo esta gravado a ferro e fogo dentro de mim. A marca lateja em meu coração. Ela dói demais, ainda mais por ter uma lembrança tão viva e infelizmente, tão ímpar.
Se não bastasse todas as lembranças, todas as palavras ditas e escritas, alguém lá em cima brinca comigo e me manda "você" e sua semelhança para perturbar ainda mais a minha cabeça. Pra me fazer encarar uma pessoa do nada e fazer com que ela pense que sou louca. O que no fundo, talvez não seja mentira.
Não adianta falar de amor, não adianta fazer promessas... Você olhou em meus olhos, sentiu meu beijo e a resposta de meu corpo ao seu. Me trás você, ou me tire de uma vez... Ajuda-me, por favor, a esquecer esse amor. Se ele for só meu!

Na sala vazia...

O amor utópico...
Os sentimentos guardados...
O desejo insano e incontrolável...
O querer mais que bem querer!
Nós, pobres mortais sujeitos à todas essas intensidades da vida.

Quero e não quero.
Amo ou não amo.
Eu as vezes amo profundamente...
em cinco segundos odeio armagamente.

Mas será mesmo que o doce e o amargo do amor caminham
juntos pela linha tênue que os separam?
Enfim... caminhando ou não é assim que eu me sinto, presa e na corda bamba.
E pelo visto não sou só eu!
Segura a minha mão, aceita meus carinhos em tardes vazias n'um retorno rotineiro.
Pois são sinceros e querem te dar força...
Pra continuar caminhando pela estrada de tijolos amarelos.

Amo.
Incondicionalmente.
Simplesmente Amo.
Um comentário que virou post...

domingo, 6 de dezembro de 2009

O Casamento da Minha Melhor Amiga


"Amor não é olharem um para o outro. mas sim olharem ambos numa mesma direção."
(Antoine de Saint-Exupéry)


Ontem, 05 de Dezembro de 2009, eu estava presente em uma cerimônia onde duas pessoas que um dia se encontraram por acaso estavam passando, talvez, pelo mais importante rito de passagem: o casamento.

Essas duas pessoas não eram pessoas qualquer... Era a minha melhor amiga (meninas, não se ofendam ou achem que gosto menos de vocês... por favor!), era a minha cúmplice, a minha confidente, a minha companheira, minha irmã que Deus permitiu a escolha... A pessoa que me fez acreditar depois de tantos anos em amizade verdadeira e seu noivo, aquele que eu já cheguei a não ter tanta simpatia à algum tempo, mas me fez ver que atrás desse grande (grande mesmo) homem com cara de mau, existe uma pessoa cheia de sentimentos e um amigo que passo-a-passo passei a gostar. Eu estou falando da Fê e do Défa... Tá bom, ontem apresentados como Fernanda e Jefferson.

Posso ser suspeita para falar deles, Ok!, mas mesmo assim arrisco alguma coisa. Ontem a cerimônia estava perfeita, ao som da marcha nupcial tocada por trombetas, a noiva mais linda, acompanhada pelo seu pai, atravessou aquele percurso sobre um tapete vermelho digno da vitória a qual ambos estavam conquistando. Não acompanhei toda a história, em dez anos, de perto, mas nos últimos cinco anos eu estava lá presente... Na alegria e na tristeza, afinal, amizade também é uma promessa feita sem palavras.

Foram diversos episódios das quais muitos eu não lembraria para citar, e acredito que a essa altura do campeonato já não tenham mais tanta importância, que marcaram uma mudança radical na vida de ambos... O mais importante disso tudo, é que apesar da "pausa" que tiveram nesse amor, eles um dia se olharam e perceberam que existia amor capaz de superar isso tudo.

O intuíto desse post não é dizer o quanto a Fê é especial, porquê disso ela já sabe, é apenas desejar que eles sejam muito felizes... Que tracem juntos a linha do tempo que os fará construir uma família abençoada. Que se algum dia tiverem dúvidas do amor um do outro, que olhem para trás e percebam o quanto lutaram (literalmente) para ficarem um com o outro.

A certeza que nada mais será como antes é fato, mas eu não sou egoísta ao ponto de não desejar isso, que é o essencial, a eles porquê não andaremos mais tanto pelos mesmos caminhos, a bifurcação chegou, mas isso não impede que um dia as estradas voltem a se encontrar em outras situações...



Sejam MUITO Felizes!!!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Uma constante e variável forma de se pensar...

" Posso não saber o que quero...
Mas o que não quero, sei muito bem!"

Com o tempo nos tornamos mais exigentes, em todos os sentidos. Tudo passa a ser mais criterioso para que haja aceitação e há também o fato de que os gostos mudam. E como mudam! Se parar para pensar nesse processo de mudanças, eles começam lá atrás, quando deixei de querer usar as roupas que minha mãe queria que eu usasse, ou o corte de cabelo tigelinha daquele cabelo preto, liso e escorrido... Ter o meu gosto, a minha opinião, minhas vontades.

Não se torna exigente sem conhecer e é para isso que existe a experiência, a curiosidade do novo, a ousadia e até mesmo os empurrões. Ousei um dia saber até onde eu podia ir e descobri que posso ir muito longe, por horas e horas, incansavelmente, destemidamente até chegar no destino proposto e, as vezes, além dele. Descobri que nesse caminho toco estrelas, deslumbro ceus e provo novos sabores. Percepções ao novo... Hoje, prefiro guaraná à coca-cola, entende? Literalmente e figuramente falando.

Junto com esse processo de mudanças e definição de gostos, acabo montando a minha personalidade e o modo que sou vista perante minhas ações, atitudes e escolhas. Posso me colocar em diversas situações... Festas, barzinhos, baladas, empresas ou qualquer outro lugar que nele habitam seres humanos. Definitivamente, você é aquilo que constrói para si. Se eu me colocar em uma posição porra-louca, é nela que as pessoas irão me ver... Se me colocar na posição careta, também é nela que as pessoas irão me ver.

Pai, irmão, mãe, baladeiro. Certinho, bonzinho, legal, chato, "dado", quieto... Enfim, é a sua imagem! E tudo o que fica exposto está sujeito a uma série de prós e contras. Está sujeito ao sol, calor, ventos, brisas... Relâmpagos e tempestades. Diversas situações que podem te fazer querer permanecer por simplesmente fazer bem, ou querer mudá-la por certo incômodo ou porquê simplesmente você não suporta mais aquele reflexo no espelho, que mesmo mudo, grita e anseia por mudanças radicais, te faz uma cobrança cega sobre tantas coisas que você deixa passar, mas não deveria. No meu caso, eu perdi o meu medo da chuva, parafraseando Raul.

Filosofias baratas divagam sobre auto-aceitação. Eu discordo de certas teorias por acreditar, tornando-me redondante, que você cria a sua imagem com aquele pacote recheado de complexos, dúvidas, desejos retraídos e um monte de "se's" contornando a embalagem. Acredito, sim, em mudanças e que possamos radicalizar em determinados comportamentos, desde que não se perca a essência e desde que você não mude para agradar ninguém, além de si mesmo.
Não é dizer sim para tudo e tão quanto não para tudo, é saber o que se quer, onde se quer e como quer. Ter opinião e defender seus valores. Traçar aquela linha reta com os objetivos e olhar para frente focando a meta. Se olhar para trás, que seja apenas para aprender com o que se foi, mas não para ficar preso no passado. Lembrando que pensamentos sem ações, são apenas pensamentos...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Quando os Cristais se Quebram...


... tudo, um dia, acaba!!

Uma palavra mal interpretada ou dita em má hora, um gesto entendido da forma adversa ao intuito, um olhar de canto de olho, uma atitude tomada em um momento de emoção demais, felicidade demais, desejo demais... e de repente um "creep"...

Quebrou. E como todos os cristais que se quebram, nunca voltam a ser os mesmos por mais que se tente juntar os cacos. Muitas vezes, os cristais não quebram de uma vez... Eles começam com um pequeno trinco e passam a ser manuseados de forma cuidadosa e cheia de tatos. De fato imediato, passam a ter mais ou menos valor... depende do ponto de vista.

Os pensamentos são aleatórios... Sobre maneiras corretas de falar, de interpretar surtos, gritos e até mesmo lágrimas. Tentando de certa forma ficar sempre do lado do vidro onde só se vê a esfera, o lado de fora, mudando a forma das coisas a cada rodar da base com as mãos.

E como sempre constante... As ações mudam o caminho, e cada vez mais deixa confusos os pensamentos sobre o que é ou não verdade. Se é que existiu algum dia uma verdade.

Mas não há nada pior do que o estrago que o cristal quebrado faz, ele corta, ele sangra e muitas vezes deixa o vermelho tinto em cima de muitas coisas, as vezes, manchas que são totalmente inapagáveis e cortes que por mais que cicatrizados, sempre doem...

Em uma noite fria, ao ouvir uma música ou sentir um cheiro...


domingo, 9 de agosto de 2009

Metade


Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que triste
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.


Oswaldo Montenegro

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O segredo daquele olhar...

À Paixão...
Eu te Desafio!!!!

Sinto-me instigada a descobrir os segredos de um olhar, a desvendar os mistérios que nele se encontram e que cada dia mais move os meus instintos... aguça o querer... desperta o sentir e ... Ahhh!!! Anda me fazendo suspirar...

Em determinada situação ouvi de uma pessoa especial uma frase que serve para mim: "Muita coisa perecível chegando com data de validade vencida em minha vida"; ouvindo isso decidi abrir a minha geladeira particular e revirar as gavetas que armazenavam uma série de coisas que ficaram por ali... Não estavam incomodando, não estavam nem se quer marcando presença. As vezes, entre uma hora e outra, eu as olhava pensando que seria interessante não deixar o prazo vencer e quem sabe, desgustar mais uma vez de sabores e sensações que pudessem me proporcionar... Mas aí elas continuaram lá. Como tornaram-se invisíveis eu não as sentia, apesar de pensar... E com o tempo elas começaram a cheirar mal. Um cheiro fétido de desprezo, de soberba, de egocentrismo e luxúria. Esse cheiro me causou diversas sensações e uma delas, a melhor de todas, me fez aumentar o meu amor-próprio e perceber que muitas vezes vou a "feira" e trago coisas demais para casa, trago muitas vezes o "lixo para dentro", ilustrando com a frase de Tudo Pela Metade, de Marisa Monte.

E foi meio assim, meio sem querer, em meio a tantas decisões que tenho que tomar e tantas coisas para colocar em seus devidos lugares que ele ressurgiu, como sempre esteve: em sua beleza indiscutível, com sua inteligência inquestionável, com aquele jeito tímido que fica sempre que eu o olho um pouquinho mais e com olhares que qualquer poeta dedicaria tempos e tempos para escrever cada detalhe... Cada movimento articulado de meu corpo sempre se virando em sua direção, meus olhos ágeis sempre o colocando em meu campo de visão. Cada palavra que escancara meu ciúme evidente aos olhares que elas o fitam, aos comentários que surgem ou aos pequenos "esbarrões distraídos".

Mas nesse momento o que me consome não são esses sentimentos, não são as borboletas em meu estômago, elas mesmas que todas as vezes que penso nele começam a dançar em frenesi fazendo-me sentir torpe.

Não, não é isso...

É que pela primeira vez eu não sei como agir, eu que tão segura de meus atos tenho medo de dar um passo e não ter a certeza se piso em areia ou em concreto. O medo presente soprando em meus ouvidos... ele que sempre está aqui, colado em mim, hora revirando o passado, hora me fazendo temer o futuro. Falando nele, o futuro, não posso e nem quero prevê-lo. Não quero colocar "a carruagem à frente dos cavalos"... Mas quero sentir, da melhor maneira possível, tudo isso que hoje está presente em mim...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Um ano, hoje, sem você...


"And I'd give up forever to touch you

Cause I know that you feel me somehow

You're the closest to heaven that I'll ever be

And I don't want to go home right now

And all I can taste is this moment

And all I can breathe is your life

Cause sooner or later it's over

I just don't want to miss you tonight"


Hoje eu senti sua falta como nunca havia sentido antes.

Hoje eu poderia tocar o silêncio fúnebre que estava em meu coração e ficar durante muitas horas o acariciando e olhando-o com pesar.

Hoje eu reabri o meu baú, aquele mesmo que eu tinha jogado a chave fora e jurados aos mil deuses que jamais o reabriria. A minha caixa de pandora. Revivi cartas, históricos, músicas... e pior, imagens. Nelas você sorria, nelas você me olhava com paixão, nelas eram você e eu, apenas.

Pude sentir novamente a paixão que havia sido enterrada a sete palmos e como um fantasma maldoso, ela veio me assombrar. Ela veio sussurrar em meus ouvidos que você hoje não está mais comigo, que você ao menos pensa em mim. Que sorri a outros olhos, que beija outra boca, que jura teu amor, aquele que um dia você disse ser só meu, a outra pessoa.

Ao som de Íris, escrevo essas palavras com os olhos embargados em águas que me queimam por dentro. Elas descem pelo meu rosto com um monte de "se's" e "por que's" anexados.

Quando eu jurei por Deus te esquecer, eu traí a mim mesma, eu traí as minhas promessas e fui fraca ao ponto de te deixar escorrer por entre meus dedos... Te vendo partir sem olhar pra trás, sem ao menos se perguntar que tipo de amor existia em você que se permitia dar o primeiro passo de uma longa estrada sem mim.

Fico as vezes me perguntando se estás feliz, se existe amor em você e se esse amor te completa. Porque dentro de mim existe a sua ausência escancarada, existe teu cheiro ausente, existe as nossas conversas mudas, existem as juras que não foram feitas e as músicas que não foram dedicadas. Existe você, inteiro.

Lembra aquela expressão: "To Fall"... Ela ainda existe em mim... e em você?
"Quero você inteiro e a minha metade de volta"

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Rótulos


"Não sou nada.

Nunca serei nada.

Não posso querer ser nada.

À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

(Poesia de Álvaro de Campos)


Definir uma situação, um momento ou uma pessoa é o mesmo que rotular e permitir que elas só tenham uma única forma de ver, pensar e agir. Dar forma ao que pensam, definir um presente e a partir daí se construir um futuro.

Será??? Sem se lembrar das mutações, das redefinições, dos pré-conceitos, preconceitos e pós conceitos. Tudo está mudando, sempre, e então, por quê me definir? Eu, por exemplo busco apenas momentos de felicidade. Se uma hora eu escuto The Police, na outra posso ouvir Beyoncé sem nenhum problema. E daí? Se tem dias que eu prefiro bolacha de morango ao invés de chocolate? Ou melhor... ou pior, sei lá, se um dia eu já gostei de pagode e chorei ao som de "Lua Vai"??? Tá... ta bom, eu sei que isso não deveria receber certa dignidade, mas enfim foi uma época que eu ouvia pagode sim e não era pagodeira, não me classificava como tal e não saia usando calças com "boca de pizza" ou muito menos namorei um menino com o cabelo da cor do cabelo do Belo.

Eu sou inclassificável. Quero dizer, nada pode ser deveras rotulado. Dia após dia me deparo com mais e mais esteriótipos formados e exigidos por uma mão invisível. Como patricinhas, emos, loucos... enfim. Rótulos de todos os tipos. Não acredito neles e não me encaixo em nenhum deles. O homem é um ser extremamente multifacetado, multiétnico, multicores, multitudo! Impossível classificar pessoas tão diferentes, por mais que pareçam iguais. Cabelos lambidos para o lado, roupas, tatuagens não definem personalidades.

Reflito seguidamente sobre o tema: o que é ser louco? Louco é o rótulo mais conhecido, mais comum, e será sempre rótulo. Os emos sairão de moda, mas os loucos estarão sempre lá. Até onde vai o limite da razão? O que é ser normal? Tudo uma questão de padrões. De ideais de ser humano pré-estipulados por uma sociedade à procura da auto-aceitação.

Usei, durante muito tempo, na descrição "quem sou eu" do orkut a seguinte frase: "Quem se define, se limita"; e acredito na força da expressão. Se limitar pra quê? No meu livro particular da vida, há também as novas histórias, os novos conceitos e os preconceitos antiquados se desprendendo de mim. Novos olhares sobre a perspectiva de felicidade alheia. Sim, percebo que cada pessoa tem uma visão diferente de felicidade onde o ser e o estar possuem significados distintos. Não se conjuga o verbo ser, na primeira pessoa do singular, no futuro.

Vamos ser abertos e ter conceitos provisórios. Ahh!!! Por enquanto, estou pensando assim, estou fazendo assim, mas amanhã não sei. Garantia, eu não tenho de nada. Sei lá se amanhã vou ver o mundo diferente. Também não estranhe, se vc pensar diferente dos outros. Não estranhe a estranheza dos outros...


"Eu contenho multidões." (Whitman)


sexta-feira, 22 de maio de 2009

Em algum boteco... uma música por aí...




"Você que tanto tempo faz
Você que eu não conheço mais
Você que um dia eu amei,demais
Você que ontem me sufocou
De amor e de felicidade
Hoje me sufoca de saudade
Você que ja não diz pra mim
As coisas que eu preciso ouvir
Você que até hoje eu não esqueci
Você que eu tento me enganar
Dizendo que tudo passou
Na realidade aqui em mim, você ficou
Você que eu não encontro mais
Os beijos que ja não lhe dou
Fui tanto pra você
E hoje nada sou"
(Você - Roberto Carlos / Erasmo Carlos)
O frio no quarto... A imagem turva... Os Sentimentos torpes... Pensamentos Confusos... Busca desenfreada de um por quê... A falta... a Ausência... O perfume... O toque... Anseio... Querer maior que o não querer... Lembranças...

sábado, 16 de maio de 2009

Tata's Birthday


Em todo tempo ama o amigo, e na angústia, nasce o irmão”. (Provérbios 17:17)


Um dos elementos que mais aquece e apascenta o meu coração se chama: uma amiga.

Uma pessoa carregada de valores, sentimentos e construções interiores que, ainda que se identifique comigo em várias questões, permanecerá única e diferente de mim, em muitas outras coisas. Fantástico isso!
Dois universos que se ajustam harmoniosamente… e que por se relacionarem entre si, vão sendo profundamente enriquecidos pelas histórias pessoais compartilhadas, sem medo de ser feliz.
Pelas crises e conquistas, desgastes e restaurações, perdas e ganhos, vão aprendendo a superar todas as coisas juntas, uma com a outra, uma pela outra.
Duas flechas polidas, polindo-se. Duas flechas polidas traçando seu caminho próprio, sem perder a direção e o senso de destino particular a cada uma… sem perder a linha de chegada, nem a identidade.
Um amigo não precisa pensar sempre igual a mim, não precisa sentir sempre igual a mim, não precisa concordar sempre comigo. Pelo contrário! (Ainda bem…)

Porque, se um amigo revelar outro modo de pensar e encarar uma realidade, então terei minha visão ampliada… Se um amigo abrir seus sentimentos sem esconder sua verdade, então, serei enriquecida. Se um amigo discordar de mim, e até mesmo discutirmos com honestidade e respeito nossos pontos de vista, então, sairei deste confronto mais quebrantada e mais curado, mais humilde e mais fiel, mais situada na realidade da vida. E a força de nossa amizade será maior. Seremos mais amigos, certamente.
Peço a Deus, Tata, que te abençoe e guarde, que Ele também te conserve essa pessoa maravilhosa.

Hoje, além do óbvio que é felicidades, desejo-lhe sabedoria para dicenir o certo do errado e força para sempre fazer as melhores escolhas.

Feliz Aniversário!!!
Maio. 16/2009

domingo, 26 de abril de 2009

Desejos


Dos desejos que carrego na alma, alguns deles possuem tangência.
Muitos podem se tocar, sentir, ouvir, afagar...
Mas o principal de meus desejos, aquele que carrego dentro de mim, não se toca.
Não se ouve. Não se vê.
Desejo quase sempre o inexplicável e mesmo sabendo não poder desejar, ainda assim, desejo.
Desejo sentir seu olhar nos meus, com a mesma ligação dos olhos de um felino, em busca de sua caça...
E que nesses olhos, eu consiga perceber reciprocidade do "querer"...
Desejo poder passar horas, nesse mesmo olhar, tentando descobrir os pensamentos que o acompanham...
Desejos saudosistas esses, eu sei... mas mesmo assim... desejo...!!!!
Desejo...





sábado, 28 de março de 2009

Engano Revelador


“O ato falho denuncia desejos que estão em nossa mente, porém ainda não passaram para o plano consciente”


Procurei buscar respostas ao que estava acontecendo. Por que estava em diversas situações falando, agindo ou entregando uma série de coisas que talvez nem eu mesma soubesse que existia, ou queria. Por exemplo, essa semana eu estava no caminho da faculdade, quando dei por mim já tinha passado dela alguns quilômetros... e o porquê isso aconteceu? Fato! Eu não estava com vontade alguma de entrar naquele ambiente e me deixei levar por alguns instantes pelo meu inconsciente. Um autoboicote.

Freud (1856-1939), percebeu a importância dessas ações e as chamou de atos falhos, ou seja, atitudes inconscientes que acontecem em nosso dia-a-dia. Quase tudo, realmente, Freud explica...

Se você já assistiu O Diário de Bridget Jones nota que o sucesso do filme vem justamente por brincar e dar um tom espirituoso às neuroses e auto-sabotagens de sua heroína: uma mulher de 30 anos que, enquanto conta calorias, procura um namorado legal e tenta parar de beber e fumar. Quem não se identifica com a listinha de resoluções de Bridget para melhorar sua qualidade de vida? Ali está, por exemplo, “não vou me interessar por nenhum dos seguintes tipos: alcoólatra, workaholic, homem com horror a compromissos, os que têm mulheres...” ou “vou sair da cama assim que acordar, ser mais segura, ser mais firme...” Será que ela conseguirá atingir seus objetivos ou procurará subterfúgios para se sentir melhor? Irá se auto-enganar?

Torna-se aceitável as teorias de que sem as mentiras que contamos a nós mesmos, a vida seria muito dura e sem encanto. Até que ponto pode chegar um homem na dissimulação interna e no auto-engano necessários para apaziguar a mente e garantir uma convivência harmoniosa consigo mesmo?

O auto-engano só será completo e perfeito quando for um ato não planejado. Por isso, basta ficar atento aos resfriados, esquecimentos, atrasos, namorados problemáticos...

quarta-feira, 18 de março de 2009

Music in moment


O que não se pode explicar aos normais...

Sobre o amor, e o desamor, sobre a paixão.
Sobre ficar, sobre desejar, como saber te amar?
Sobre querer, sobre entender, sem esquecer.
Sobre a verdade e a ilusão.
Quem afinal é você?
Quem de nós vai mostrar realmente o que quer...
O coracão nesse furacão, ilhado onde estiver.
O meu querer é complicado demais,
Quero o que não se pode explicar aos normais.
Sobre o porque de tantos porques...
E responder,
Entre a razão e a emoção
Eu escolhi você!



Há sempre uma incógnita ao leitor...

Como eu já havia dito em outras épocas, para outras pessoas, talvez a mesma música se encaixe a mais de um momento, a mais de uma pessoa... Mas sempre com um significado diferente.

Essa por exemplo, é para VOCÊ, que de uma forma sem explicar, sem entender e ainda meio sem querer preenche espaços ímpares. Momentos que tenho contigo que jamais tive com outra pessoa.

Único!


Ever thine...
Ever mine...
Ever ours...
あなたは私を幸せにする

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Percepções...


"O processo de aprendizagem pode ser definido de forma sintética como o modo como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o comportamento. Contudo, a complexidade desse processo dificilmente pode ser explicada apenas através de recortes do todo. Por outro lado, qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de pressupostos político-ideológicos, relacionados com a visão de homem, sociedade e saber. "
( Wikipédia)
Aprendizados, passos novos, passos reversos, passos para trás. Com o tempo percebo mais e mais que sim, a vida segue seu ciclo e que não adianta tentar apressá-lo ou regredí-lo. Observei um grupo de amigas no cinema, assistindo Noivas em Guerra, e me lembrei do meu tempo de adolescência. A falta de companhia me fez atentar, por mais feio que isso seja eu sei, à conversa delas. O dilema era que uma das três, a que havia comprado o convite do filme, comprou legendado e uma delas achava difícil ler e ver o filme, quanto que a outra, nem tão mais velha que a primeira, acredita que ver o filme legendado agrega conhecimentos em inglês... sim, ela usou a frase desse jeito e não acredito que ela estava forçando para parecer uma pessoa "cult". A terceira era neutra, porquê ela fazia curso de espanhol.

Três meninas no mesmo universo, inseridas no mesmo contexto, mas com pensamentos distintos. Dá para notar que das três duas pensam, já, no futuro e a outra curte o momento e as facilidades da vida. De onde vêm isso? Do mundo real competitivo que vivo, da curiosidade humana em aprender sempre, ou de como sempre existirá no nosso meio pessoas que apenas seguem o ritmo da banda?

As três perguntas no fundo estão relacionadas, porquê as coisas que aprendemos e que somos é construída dia após dia, com influência externa e interna. Vivências, conselhos, tropeços. Quem me diz que aprender uma cultura, língua e pessoas de diferentes nacionalidades é importante? Pais, amigos, professores... e também a percepção de que o mundo está sempre em processo de mudança e sempre exigindo mais de você.

Mais como mulher, mais como profissional, mais como amiga, mais como filha...

Buscar incansavelmente ser melhor em tudo... sem se esquecer é claro, de buscar principalmente ser feliz!

domingo, 25 de janeiro de 2009

Sete Pecados [Os meus]

Recebi esse Meme da Vanessa, do Fio de Ariadne.


Trata-se de falar sobre os SETE PECADOS CAPITAIS!

1) Gula: consiste em comer além do necessário e a toda hora;
2) Avareza: é a cobiça de bens materiais e dinheiro;
3) Inveja: desejar atributos, status, posse e habilidades de outra pessoa;
4) Ira: é a junção dos sentimentos de raiva, ódio, rancor que, às vezes, é incontrolável;
5) Soberba: é caracterizado pela falta de humildade de uma pessoa, alguém que se acha auto-suficiente;
6) Luxúria: apego aos prazeres carnais;
7) Preguiça: aversão a qualquer tipo de trabalho ou esforço físico.

Eis meus pecados :

1- Gula: Eu sofro desse mal em uma única coisa: Chocolate! Simplesmente não resisto ao sabores dessa tentação.

2- Avareza: Cobiça em si eu não tenho, eu tenho ambições particulares como ter meu carro, minha casa, do meu jeito, e estabilidade profissional e financeira. Mas isso decorrente de meu trabalho e esforço próprio.

3- Inveja: Quem nunca olhou um Vectra GT ao lado e desejou ter um igualzinho? rs* Invejas passageiras as vezes passam por mim, sim, mas passa tão rápido quanto veio. Cada coisa em seu tempo, e as minhas com certeza uma hora chegam.

4- Ira: Eu já vivi situações de ira master, situações que me cegaram e que a raiva que estava dentro de mim era maior do que qualquer senso de lucidez. Minha ira é uma caixinha de surpresas.

5- Soberba: Esse eu vou copiar da Vanessa: "Sempre que esse pecado toma conta de mim eu levo uma rasteira, percebo que só sei que nada sei, e levo uma lição da história..."

6- Luxúria: ui...

7- Preguiça: Eu AMO dormir, sou muito boa nisso. Em dias de frio, com garoa e aquele ventinho frio soprando pela janela... ela me domina!

Estão todos entregues, mesmo...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

[In]Decisão


Presságios, prenúncios...

Alguém me olhou e disse que meu olhar estava triste, de alguma forma eu não soube explicar a tristeza, somente uma lágrima começou a se formar em meus olhos e rapidamente mudamos de assunto. Agora eu sei o aperto que vinha no peito, sobre aquele olhar, sobre esses olhos.

A areia da ampulheta é surpreendente, as vezes ela passa grão por grão, me fazendo ficar hipnotizada em sua frente, angustiada... na ânsia de que se abra um imenso buraco e dali passe todo o tempo... toda a areia. Em outras horas, a areia segue um ritmo frenético em seu cair e me aterroriza pela forma rápida que estão se passando os dias... o tempo... Aaaaa o tempo!

Uma sensação punk de Déjà vu, de placebos. De memórias de situações e da crença particular do que eu quero que aconteça.

Na verdade, o meu querer é simples demais...

Cada um tem suas limitações, sua necessidade de estar só e de parar para pensar. Você tem o seu, eu tenho o meu...

Mas quando houver disposição ao falar, ou pronunciar-se estou aqui.

Me olha nos olhos e me diz. Me diz o que passa, me diz o que sentes, me olha!

Me olha e saberás o que eu penso, porquê até hoje, só conheci o seu olhar que soube reconhecer o meu.

Recorde-se da parafrase "... e em tempo de chuva / que chova / eu não largo da sua mão..."

A minha está estendida, a decisão de segurá-la não cabe a mim...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Hoje é MEU dia!

Janeiro, 19 de 2009

Como eu poderia medir minha idade?

Pelas lembranças que trago em mim, da infância feliz e regada de cuidados e carinhos dos entes próximos?

Das memórias do meu primeiro dia de aula no jardim de infância, onde me lembro bem das lágrimas porque a "tia da perua" estava atrasada e eu queria muito ir pra escolinha (eu mal sabia o que eu estava plantando para mim aí!)?

De como eu ficava feliz quando meu tio (in memorian) me trazia um saco de chocolates e balas, só por eu ser a sobrinha preferida dele, e era criança ainda?

Lembrar da professora de pré, porquê de verdade essa é uma das pessoas que vão ser lembradas para o resto da vida.

O primeiro amor platônico...

O primeiro beijo! (e junto com ele o friozinho na espinha)

O primeiro encontro romântico...

As primeiras conquistas profissionais...

O ingresso na faculdade.

São tantas coisas para se lembrar, nesses 9.136 dias de vida, que mesmo se eu tivesse uma memória excelente não iria me recordar de todos os momentos. Mas em dias como esse, meu aniversário, eu sempre paro para pensar no caminho que as coisas estão seguindo. No rumo que muito coisa toma por si própria. Tem horas que me alegro e percebo que muita coisa boa foi alcançada, a máxima de construir seu castelo com cada pedrinha atirada é real em minha vida. Por outro lado, sempre tem aquele sentimento de que se eu tivesse tomado outra decisão a coisa teria um desenrolar diferente.

De qualquer forma, nem todos os moinhos são movidos a águas passadas, e é com esse pensamento que desejo a mim mesma, por ter a certeza de que mereço, toda a felicidade do mundo.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Presente

Ganhei do Blog da Andréia Santana o Selinho abaixo:

Minha querida, muito obrigado. Repasso a todos os leitores do meu Blog.!.!.!

PS: muitas vezes, minhas palavras também me deixam de pernas para o ar....


sábado, 3 de janeiro de 2009

...É só um vento lá fora...


Someone told me long ago
There's a calm before the storm
I know
It's been comin' for some time
When it's over, so they say
It'll rain a sunny day
I know
Shinin' down like water
I wanna know
Have you ever seen the rain?


Credence nos fones, mais uma das muitas músicas que constitui o cenário de minha vida, dias calmos antes da chuva, dias com aquele ventinho frio soprando nos meus ouvidos um sinal de alerta, indicando perigo.

Indícios...

A chuva forte se anuncia, os trovões estão a me assustar, os raios pouco iluminam minhas noites, mesmo diante de todo o seu brilho.

Em dias assim eu costumo me recordar demais das coisas, como estamos em início de ano é inevitável uma retrô pessoal, por mais que eu tente fugir das memórias do ano morto, elas sempre estão lá.

Todo dia 01 de janeiro, eu fico a observar as pessoas, esse 01 não foi diferente, a praia é um cenário encantador, principalmente a noite quando a lua se encontra com o mar, quando aquele vai-e-vem frenético das ondas deixam somente um rastro branco diante da imensidão escura a frente. Se eu pudesse ficar ali, sozinha, sentada observando esse movimento alucinador, o que pensaria?

Poderia pensar no ano que passou e no que ele deixou em mim, pensar no quanto ele foi bom e nas coisas que ele me trouxe como aprendizagem.

Pensar nas coisas que aconteceram, nas boas e nas nem tão boas assim... Nos momentos de alegrias maiores e nas fossas dolorosas.

Pensar em pessoas, dessas eu não me canso de falar, que entraram, nas que sairam, nas que passaram tão rápido como vento a oeste mas que mesmo assim, deixaram suas marcas.

O tempo anda passando muito rápido, quando menos se espera já é ano novo novamente. Já é hora de pensar em faculdade, em responsabilidades meio esquecidas pelas duas semanas de festa.

E a vida segue seu fluxo, seguem as pessoas com seus destinos incertos, seguem...

E sigo, cá eu, como estou, sem saber pra onde, sem saber o que encontrar, hoje eu só quero que o dia termine bem.