quinta-feira, 31 de julho de 2008

Pensamento do Dia... [ou da noite]


Arriscar-se é viver...

Rir é arriscar-se a parecer louco.

Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.

Estender a mão para o outro é arriscar-se a se envolver.

Expor seus sentimentos é arriscar-se a expor seu eu verdadeiro.

Amar é arriscar-se a não ser amado.

Expor suas idéias e sonhos ao público é arriscar-se a perder.

Viver é arriscar-se a morrer...

Ter esperança é arriscar-se a sofrer decepção.

Tentar é arriscar-se a falhar.

Mas... é preciso correr riscos.

Porque o maior azar da vida é não arriscar nada...

Pessoas que não arriscam, que nada fazem, nada são.

Podem estar evitando o sofrimento e a tristeza.

Mas assim não podem aprender, sentir, crescer, mudar, amar, viver...

Acorrentadas às suas atitudes, são escravas;

Abrem mão de sua liberdade.

Só a pessoa que se arrisca é livre...

"Arriscar-se é perder o pé por algum tempo.

Não se arriscar é perder a vida..."

(Soren Kiekegaard)

terça-feira, 29 de julho de 2008

Culpa do meu Eu-lírico


Sim, a culpa é dele.
É ele quem anda tomando as decisões ultimamente.
Não me reconheço.
De uns dias pra cá tenho me perguntado se existe sal de fruta pra desazedar o humor. O MEU humor.
EU NÃO ACHO A RESPOSTA...

por que sou assim,

excessiva?

Vícios: balada e bebida na sexta, o maldito cigarro, a minha fotografia, as minhas músicas, todas do legião, poesias tristes e de amor, e de você.
Pontos de partida: ansiedade - amor em excesso transbordando no peito - uma vontade que não acaba nunca - um jardim abandonado - a sombra que abriga os pombos nos meus olhos -inquietos procurando migalhas suas pelo chão.
Trago as palavras que não digo a ninguém neste livro de poesia que insisto em fazer...
Teimosia.

Reparei agora que aqui ninguém se conhece.
Entrei distraída nesta galeria de solitários que não sabe o que fazer da vida.
Também não sei.
Ou sei, mas não sei como?
Esquece.!!!

Sento-me perto da janela para distrair os olhos.
Não se pode fumar, não se pode ter vícios hoje em dia.
Os cinzeiros ficarão vazios, terão um fim. (Decoração?)
"Estranho, não?
o quê?
- tudo!"

Essa camada de medos infinitos em mim.
Mergulho os olhos no fundo dos teus.
E tudo isto para não pensar.
Em mim
Ofereço sorrisos, não mais a você,
agora é para as filas de supermercados, pelas ruas, às crianças e velhos ...
Qualquer dia desisto...

..Afinal de contas, ninguém dá por falta de sorrisos. (Só eu?)
Aqui ninguém me (re)conhece.
Muito menos eu.
Vou, sou, não sei bem...
caio, grito, choro, sonho..
o peso de cada palavra que escrevo aqui, algo me magoa, rompe meus silêncios, ressucita sentimentos na memória.

Me dá cansaço, inquietação, me atordoa

Você desenha musicas demais no meu coração,
escrevo para que a alma escute o seu som!!!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Uma conclusão [ou não]

Lembra do Eduardo e da Mônica?

Se você tiver o mínimo de cultura (e quando digo mínimo, é mínimo mesmo), vai lembrar. Pois então, what the fuck a Mônica estava fazendo com o Eduardo? Não, pára tudo. Uma garota que fala alemão e faz medicina tem algum assunto com um muleque de dezesseis anos?! HELLO?!

Alguém mais acha isso inaceitável? Alguém mais acha absurdo uma pessoa que curte Mutantes (Essas pessoas na sala de jantar....) estabelecer qualquer tipo de comunicação com um ser que vê novela?!

Bom, se você concordou comigo, está errado. Ali, Eduardo representa toda uma classe de cafajestes totalmente necessária. Como? Vou explicar...

Vai me dizer que na faculdade de medicina da Mônica não tinha nenhum partidão?!

Vai dizer que se ela prestasse o mínimo de atenção ela não encontraria sua alma-gêmea fácil fácil por ali?! Aí é que está a questão, não há glória na conquistas das alma-gêmeas. Não há o tesão do incerto e, muito menos, o orgasmo proibido ( e, como todos sabemos, são os melhores).

Quando queremos um merda, não nos damos conta mas, não estamos focando no relacionamento, estamos querendo alguém pra suprir a falta de canalhice que o principe encantado deixou em nós.

Nós, macacas velhas dessa vida, sabemos que casais politicamente corretos e frequentadores semanais de teatro são um porre. Queremos alguém que nos dê dor de cabeça, que desligue o celular numa sexta-feira a noite e só apareça na segunda com a vigésima tia-avó que mora em Piracicaba morta.

Todos precisam de um Eduardo na vida e, não se engane, você vai sofrer. Vai ficar pra baixo. Vai ser traído (é... essa não é a melhor parte) e se tudo der certo, ele é que vai te dar o pé-na-bunda.

Se há um consolo?! Bom, o que posso dizer é que sabemos o poder dos Eduardo's de nos deixar ouvindo Ana Carolina comendo chocolate num domingo de manhã e, mesmo assim, nos arriscamos porque, pra crescer como pessoa temos que nos jogar no escuro pelo menos uma vez e rezar para que não seja tão alto quanto nosso medo.

Ouvir Legião por uma tarde inteira me fez pensar um pouco nisso... Fora a história dos Jason's [da Denise]... Mas isso fica pr'uma próxima...

sábado, 19 de julho de 2008

Eu sinto que sei que sou BEM MAIOR...


Alguns perguntam "Por quê?"...

Quanto outros se permitem em "Porque não?"!!!


Saudades deste espacinho tão meu, minha válvula de escape, como já o defini algumas vezes.

O fato é que não há nada melhor em minha vida do que ver O Teatro Mágico, do que ouvir o Fê ( srsrs intimidade) falar tudo que parece ser tão pra mim... Tão meu.

As lágrimas são inevitáveis, e naquele momento eu recebi um pequeno abraço de uma pessoinha tão grande em minha vida, uma pessoa que tá fazendo diferença real. Existe uma grande diferença quando alguém diz "Eu estou com você" e quando sem nenhuma palavra ela ESTÁ com você.


Uma prosa:


A poesia prevalece!!!

O primeiro senso é a fuga.

Bom...Na verdade é o medo.

Daí então a fuga.

Evoca-se na sombra uma inquietude

uma alteridade disfarçada...

Inquilina de todos nossos riscos...

A juventude plena e sem planos... se esvai

O parto ocorre. Parto-me.

Aborto certas convicções.

Abordo demônios e manias

Flagelo-me

Exponho cicatrizes

E acordo os meus, com muito mais cuidado.

Muito mais atenção!

E a tensão que parecia não passar,

“O ser vil que passou pra servir...

Pra discernir...”

Pra pontuar o tom.

Movimento, som

Toda terra que devo doar!

Todo voto que devo parir

Não dever ao devir

Não deixar escoar a dor!

Nunca deixar de ouvir...

com outros olhos!


quinta-feira, 10 de julho de 2008

Um quase...


[...fechar os olhos e esperar a reação.]


Digamos que sim, não ou talvez.

Viver na espera da resposta me causa náuseas, enjôos, palpitações. Não sou das pessoas mais decididas deste mundo, tão pouco de atitude, como muitos costumam me definir.

Tenho medos. Medos esses que me impedem de dar um passo ou de apenas fechar os olhos.

Mantendo-lhes aberto não corro o risco de sonhar e me envolver. Mantendo-lhes abertos eu sei onde estou, em que chão estou pisando e quem está a minha volta. Não corro o risco de deixar que meus pés saiam do seguro, do certo, do melhor a se fazer agora. Tão pouco de cometer o mais fatal dos erros, tocar e pensar em coisas totalmente distintas entre si.


"-Fecha os olhos e sinta!"

-Não posso

"-Por que?"

-Não vai entender, pode até mesmo se magoar!"

"-Tenta!"

-O que? Fechar ou olhos ou me explicar?

"-Os dois, quem sabe?"

-Eu sei.... Mas agora nenhuma das duas atitudes é minha vontade, e sei que essa é a única verdade em mim.

"-Você pensa que sabe."

-Eu tenho certeza.

"-Pessoas são diferentes, sabia?"

-Há! Não toque nessa frase, eu tentei como nunca explicá-la, mas acabei ficando confusa com minhas próprias afirmações.

"-E se agora, o certo está diante de você? Se a verdade lhe bate a porta e você está tentando ignorá-la?"

-Posso perder um amigo, mas essa eu vou ter que falar. Não acredito que tais afirmações nos batam a porta em uma Rave... rsrsrs* [Um olhar bravo]... ... ... Desculpa.

"-Não há de que pedir desculpas. E agora?"

-É... vamos dançar!!!


[Detalhe sórdido, mas definitivo: estava tocando Fist Time... Maya.]


E a regra é: mantenha os olhos abertos!!!!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Monó[diá]logo


- Apaga a luz, anda... Deixa de manha e vem deitar aqui, comigo. Eu sei que você quer... só não tem coragem pra admitir... por que? Você está aí se enrolando... dificultando tudo... já foi umas três vezes no banheiro... escovou os dentes um bocado... e tudo isso pra evitar a conversa? Tudo isso pra evitar admitir que não consegue viver sem mim? Se você ligar o computador de novo, dizendo que esqueceu de fazer outro trabalho inadiável, eu vou começar a duvidar da sua inteligência... por favor, pelo menos arranje desculpas melhores... tudo é tão claro e transparente... primeiro esta resistência meio que patética... depois uma vergonha que eu já nem sei de onde nasce... e por fim a entrega... óbvia, como sempre! O que é que você precisa? De alguém que finja como você faz? De alguém que faça de conta que está em dúvida também? Eu não tenho dúvidas... nunca tive e não pretendo começar a tê-las agora... eu sempre digo o que penso... sempre demonstro meu tesão... não tenho vergonha do que sinto! Por que teria? Você não acha natural o que eu faço? Problema seu... porque mesmo não achando natural, no final, você goza... no final, você sempre goza. Então... desfaz essa cara amarrada... o amor não é um jogo, baby... ou você se entrega, ou não... ou você tem coragem, ou não... ou você assume seus gostos ou vai ficar o resto da vida vivendo de migalhas... na esperança de que alguém adivinhe o que você deseja. Você pode até pensar que tem prazer nesse jogo de esconde-esconde, mas é porque você ainda não teve coragem de se atirar numa aventura de verdade... Um mapa sempre pode ser muito bonito e vistoso, mas nunca deixa de ser um mapa. A aventura pelo relevo verdadeiro é que faz com que a vida assuma seus riscos verdadeiros. Ao olhar o mapa não sentimos o suor e o medo... sim, medo! O medo é que faz com que nosso coração bata mais forte. O medo faz parte, não tente evitá-lo... Anda, vem! Apaga a luz. Aproveite o crepúsculo e fique aqui do meu lado. Vem olhar comigo as coisas por um ângulo diferente... vem ver que nem tudo tem que ser sempre igual... que nem todos as pessoas são sempre iguais... então, por que esperar de mim as mesmas reações que você teve dos outros? Apaga a luz, anda... deixa de manha... vem aqui e deita no meu ombro... eu sei que você gosta... Mais... eu sei que é o que você quer... Eu sei que, por trás dessa marra toda, existe outra pessoa... muito mais interessante! Deixa esse personagem e vem brincar de verdade. Ah... você não esperava essa reação de mim? Você queria o quê? Que brigassemos novamente? Ai, ai... tanta perda de tempo... tanta energia jogada fora... já passei da idade, baby... Mas, não se preocupe... mesmo que você se debata e corra, eu vou estar por aqui. Não de uma maneira subserviente, como você costuma gostar... mas, estarei aqui... levando a minha vida... conhecendo outros territórios. Só que não demore demais, baby... senão, vai encontrar seu lugar ocupado... a luz está acesa... quem puder enxergar e souber o que fazer, vai levar!

Simples Desejo


Que tal abrir a porta do dia-a-dia
Entrar sem pedir licença
Sem parar pra pensar,
Pensar em nada...
Legal ficar sorrindo à toa, toa
Sorrir pra qualquer pessoa
Andar sem rumo na rua
Pra viver e pra ver
Não é preciso muito
Atenção, a lição
Está em cada gesto
Tá no mar, tá no ar
No brilho dos seus olhos
Eu não quero tudo de uma vez
Eu só tenho um simples desejo
Hoje eu só quero que o dia termine bem
Hoje eu só quero que o dia termine muito bem

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Sórdidos Detalhes [Um grande quebra-cabeças]


Começar um post naturalmente exige um tema. Em função deste tema desenvolver a escrita. E na escrita delinear pensamentos.

Os contornos das coisas, as idéias colocadas para fora, o desabafo natural de um fluxo de vida humana.

Acredito hoje, mais que nunca, que as situações e vivências precisam passar por fases. Quando tentamos pular as fases de um ciclo natural acabamos lá na frente nos esbarrando em pequenos detalhes, pequenas verdades e mentiras, pequenos erros - e grandes também. Palavras omissas, sentimentos omissos.

Ao pularmos ou nos fingirmos de cegos perante tais situações, seja por medo da perda, medo do sofrimento, medo da ausência, causamos um verdadeiro estrago emocional e físico, nos indispomos e passamos a cobrar os detalhes que faltaram ali, quando se fez de desentendido. Quando se fez de cego.

Passar pela situação completa, sem pular os itens descritos acima, possibilita uma reavaliação do hoje, do presente. Do que realmente passa pela cabeça. No que vale a pena e no que não vale. Pois afinal, temos todas as situações e fatos nas mãos, sem esquecer de qualquer detalhe, para sim agir racionalmente.

Um trecho já citado outras vezes por mim, da música Realejo da trupe O Teatro Mágico fala sobre disposição. Para se atrairem, os pares precisam estar dispostos. Dispostos as mudanças, dispostos a aceitação da realidade, dispostos e crentes de que há verdade nas palavras e no olhar. Dispostos a aceitar que os seres humanos erram, falam, acusam, ofendem. Podem se arrepender ou não. Podem pedir perdão ou fingir que nada aconteceu. Mas cabe à outra parte perceber a verdade. Não só por palavras mas pelas atitudes. Pelo dia-a-dia. Acredito e insisto no contato físico, na troca de olhares e gestos, e até no silêncio que as vezes insisti em marcar presença.

Porém, como disse no início deste parágrafo, precisam se dispor, se permitirem...

Pessoas entram e saem de nossas vidas, levando consigo um pouco de nós, e deixando em nós um pouco delas.