terça-feira, 4 de novembro de 2008

Uma volta e meia


Preso nessa cela
De ossos, carne e sangue,
Dando ordens a quem não sabe,
Obedecendo a quem tem,
Só espero a hora,
Nem que o mundo estanque,
Pra me aproveitar do conforto,
De não ser mais ninguém.
Eu vou virar a própria mesa,
Quero uivar numa nova alcatéia,
Vou meter um "Marlon Brando" nas idéias,
E sair por aí,
Pra ser Jesus numa moto,
Che Guevara dos acostamentos,
Bob Dylan numa antiga foto,
Cassius Clay antes dos tratamentos,
John Lennon de outras estradas,
Easy Rider, dúvida e eclipse,
São tomé das Letras apagadas,
E arcanjo gabriel sem apocalipse.
Nada no passado,
Tudo no futuro,
Espalhando o que já está morto,
Pro que é vivo crescer,
Sob a luz da lua,
Mesmo com sol claro,
Não importa o preço que eu pague,
O meu negócio é viver,
Sob a luz da lua...
Mesmo com sol claro...
Preso nesta cela.


Um comentário foi feito em meu passado. Um questionamento sobre os meus motivos, indagações que sempre mexem com meus pensamentos e com minhas próprias indagações. Eis então que a partir daí percebi que eu estava lutando contra meus próprios gostos.

Mudei a "casa".
Soltei os "Leões" no quintal.
Matei meu "amor".

Mas a cor da parede continuará a mesma, pelo significa dela própria. O Vermelho. O sangue vivo. A paixão.

Chamas...

Eu dei uma volta inteira, continuo a caminhar. Buscando o que me pertence, o meu tesouro.
O Infinito Particular, sempre infinito... mesmo tão pequeno! A vida SEMPRE continua....


14 comentários:

  1. Sempre...por bem ou por mal..mas sempre continua...

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  2. Acabei de encontrar no seu blog várias amigas; Soninha do Compartilhando, Luma, Lunna. O mundo da blogosfera é pequeno ....rsrsrsrs
    Estou promovendo a blogagem coletiva HOJE É DIA DE CECÍLIA, para comemorar o dia do nascimento dessa querida escritora .
    Já estão inscritos mais de 120 blogs que desejam enfeitar a blogosfera com os poemas da Cecília.
    Gostaria de participar?
    Esse é o link para a inscrição:
    http://leonorcordeiro.blogspot.com/2008/10/hoje-dia-de-ceclia.html

    Grande abraço!

    Leonor Cordeiro

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  3. Querida Jamille, não consegui deletar o comentário anterior. Queria corrigir alguns erros mas não foi possível.
    BJS!

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  4. Tudo acaba um dia mudando...
    Muda-se pra melhor, pelo menos essa deveria ser a prioridade...
    O importante eh manter aquilo de bom que tinha antes...

    beijão guria
    até
    ;)

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  5. Fico um tempo sem passar por aqui e encontro tudo mudado... adorei.
    Me ensina comno faço pra colocar no meu o top dos comentários e os blogs mais lidos?? sou lerda...rs

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  6. Esta continuidade da vida é que traz a segurança para soltar os leões no quintal e vagar por aí com todas as referências que escapadas do tempo criam em nós o nosso tempo.
    Cadinho RoCo

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  7. como é gostoso de ler o jeito q vc escreve..
    bjão

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  8. Eita menina, kkkk Ficou otimo.
    Quando comecei a te conhecer era assim vermelho.

    Mudei a "casa".
    Soltei os "Leões" no quintal.
    Matei meu "amor".

    Mas a cor da parede continuará a mesma, pelo significa dela própria. O Vermelho. O sangue vivo. A paixão.

    Beijos e sucesso

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  9. Amanhã será um dia muito especial, pois faremos a nossa blogagem coletiva em homenagem à querida escritora Cecília Meireles.
    Estou muito feliz com a sua participação.

    Grande abraço!

    Leonor Cordeiro

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  10. Belíssimos! Tanto o texto quanto a cor escolhida para pintá-lo.

    bj

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  11. EEEEEEEEEEEEe
    hoje deu certo os trequinhos lá no blog...rs
    muito obrigada viu?
    beijos e ótimo final de semana

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  12. Jamille!!! Penso que esteja no caminho certo. Não sabemos porque vivemos ou para onde vamos, então vamos tentar consertar aquilo que a nossa consciencia acha que está errado.
    Não deve ficar desenterrando coisas, isso só trás sofrimento!! Mudar sempre, regredir jamais!! Beijus,

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  13. A cor vermelha deixa resplandecer o desejo ardente da paixão presente em qualquer atitude que tomamos frente ao mundo!
    Paredes pintadas... defundos enterrados... rezemos pelas almas!

    Bjaum... amo absurdos

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O uso da palavra define o ser humano. Raramente, num instante de meditação, ficamos livres do pensamento. Uma das nossas características centrais é que falamos quase o tempo todo, não apenas com palavras físicas, mas também mentalmente. Quando não dizemos nada para os outros, estamos dizendo coisas para nós próprios. Quando não escutamos alguém, ouvimos dentro de nós a voz interior das esperanças e anseios que habitam nosso universo pessoal.
Portanto, sintaxe a vontade, para expressar-te aqui!