
"O amor em seu carvão
Foi me queimando em brasa no colchão
E me partiu em tantas pelo chão
Me colocou diante de um leão
O amor me consumiu, depois sumiu
E eu até perguntei, mas ninguém viu
E fui fechando o rosto sem sentir
E mesmo atenta, sem me distrair
Não sei quem é você"
Ao som dela percebo que a música certa, pro momento certo é essa... A brasa que me queima, os pedaços no chão, o coração consumido de um amor que mais ninguém viu... O rosto fechado sem sentir, a distração dos sentidos... A tentativa em vão de abrir novas flores no jardim que hoje não oferece piso fértil a quem tenta cultivar... Quem é você?... Quem é você? Quem sou eu? (...) Quem sou eu no meio de toda essa insegurança ingrata e infiél? Quem sou eu em meio a toda essas frases soltas e perdidas em confusão. Não me conheço. Não me conhecem... Não deixo-as conhecer... Palavras... Palavras... Repetidas, destorcidas. Palavras minhas, palavras suas...
"Confesso acordei achando tudo indiferente
Verdade acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final
Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz..."
No meio disso tudo, obrigado por me dar a trilha sonora pra esse momento...
"...escuto um silêncio que há em mim e basta... Outro tempo começou pra mim agora. Vou deixar a rua me levar."
Nas Ruas de Outono os meus passos vão ficar...