sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

E é Ano Novo....


Contagem regressiva... Queima de fogos... Espumante. Muitos abraços... muitos votos de felicidade... enfim, o tal renascimento dito em belas palavras por Drummond. E mais uma vez digo e repito, acho impressionante o que uma noite faz na vida das pessoas, como se 2010 fosse "a promessa" do novo, do diferente, das mudanças, das conquistas e reconquistas, do novo amor, do emprego, das dietas rsrs*

De praxe é comum em dias como esse fazer uma "retrô" do ano velho e a perspectiva do ano novo. No meu caso o ano foi bom. Sim... foi bom. Não encontrei o amor da minha vida, não emagreci os quilos desejados, não mudei muita coisa e as conquistas profissionais foram gratificantes. É em afirmações como essa que percebo que a promessa do novo e do melhor não deve ser feita apenas aos 45 minutos antes do fatídico momento de cantar a musiquinha: "..Adeus ano velho...".

Sem muitas palavras porquê qualquer coisa a ser dita torna-se extremamente redondante, e como já disse antes meu ano novo começa no dia 19, aos que passam por aqui para dar uma espiadinha um ótimo 2010. Que as suas promessas não se percam ao longo do ano... mas que elas ganhem força e concretização... e que todos os dias elas sejam renovadas... Assim como a fé que move montanhas!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Dois Quartos...


"O amor em seu carvão
Foi me queimando em brasa no colchão
E me partiu em tantas pelo chão
Me colocou diante de um leão
O amor me consumiu, depois sumiu
E eu até perguntei, mas ninguém viu
E fui fechando o rosto sem sentir
E mesmo atenta, sem me distrair
Não sei quem é você"

Ao som dela percebo que a música certa, pro momento certo é essa... A brasa que me queima, os pedaços no chão, o coração consumido de um amor que mais ninguém viu... O rosto fechado sem sentir, a distração dos sentidos... A tentativa em vão de abrir novas flores no jardim que hoje não oferece piso fértil a quem tenta cultivar... Quem é você?... Quem é você? Quem sou eu? (...) Quem sou eu no meio de toda essa insegurança ingrata e infiél? Quem sou eu em meio a toda essas frases soltas e perdidas em confusão. Não me conheço. Não me conhecem... Não deixo-as conhecer... Palavras... Palavras... Repetidas, destorcidas. Palavras minhas, palavras suas...


"Confesso acordei achando tudo indiferente
Verdade acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final
Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz..."

No meio disso tudo, obrigado por me dar a trilha sonora pra esse momento...

"...escuto um silêncio que há em mim e basta... Outro tempo começou pra mim agora. Vou deixar a rua me levar."
Nas Ruas de Outono os meus passos vão ficar...

domingo, 13 de dezembro de 2009

{Des} Amor

E aí você some...
Some como o vento forte que cessa do nada. Some como as nuvens do céu que abrem espaço para a luz do sol brilhar... Some.. Simples assim.
E a vida continua seu ciclo, ela não pára. Os sorrisos na rua, as novas músicas embalando momentos, nova tecnologia, novas notícias... Realmente o tempo não pára!
E eu?
Eu uso meias palavras, palavras inteiras, palavra repetidas. Eu as uso na ânsia de que sejam lidas e compreendidas. Eu as uso para expressar alegrias, felicidades, conquistas, ansiedade. Perdas, frustrações, delírios e loucuras.
As palavras me perseguem, os pensamentos não me deixam em paz. Nas noites frias é o seu nome que me "assombra"... nas de calor é sua ausência que nada me refresca.
Me dou tempo! Te dou tempo... Pra quê? Buscando o quê? Nem eu sei... A cada toque de celular o nó aqui dentro na esperança hipócrita de que seja você. A cada novo email recebido, o desejo de ter no remetente o seu nome lá, gravado! O tempo corre, demais. E eu to ficando cansada de falar do tempo, de esperar um tempo... de dar tempo ao tempo.
E sabe o que é pior de tudo isso? É perceber que está sendo em vão. Sim, em vão! Sabe o porquê? Por que se é verdade a máxima de que eu te conheço, sei bem que você prefere o braço seguro de quem nada te conforta ao invés de me dar a mão e deixar que eu te leve aos céus... Como bem sei fazer!

Nesse momento, nem eu sei o que sei, não sei o que quero porque está tudo muito confuso aqui dentro. Tento me silenciar, me calar, me distanciar. Mas pra quê isso tudo se o pior de todos os laços contigo esta gravado a ferro e fogo dentro de mim. A marca lateja em meu coração. Ela dói demais, ainda mais por ter uma lembrança tão viva e infelizmente, tão ímpar.
Se não bastasse todas as lembranças, todas as palavras ditas e escritas, alguém lá em cima brinca comigo e me manda "você" e sua semelhança para perturbar ainda mais a minha cabeça. Pra me fazer encarar uma pessoa do nada e fazer com que ela pense que sou louca. O que no fundo, talvez não seja mentira.
Não adianta falar de amor, não adianta fazer promessas... Você olhou em meus olhos, sentiu meu beijo e a resposta de meu corpo ao seu. Me trás você, ou me tire de uma vez... Ajuda-me, por favor, a esquecer esse amor. Se ele for só meu!

Na sala vazia...

O amor utópico...
Os sentimentos guardados...
O desejo insano e incontrolável...
O querer mais que bem querer!
Nós, pobres mortais sujeitos à todas essas intensidades da vida.

Quero e não quero.
Amo ou não amo.
Eu as vezes amo profundamente...
em cinco segundos odeio armagamente.

Mas será mesmo que o doce e o amargo do amor caminham
juntos pela linha tênue que os separam?
Enfim... caminhando ou não é assim que eu me sinto, presa e na corda bamba.
E pelo visto não sou só eu!
Segura a minha mão, aceita meus carinhos em tardes vazias n'um retorno rotineiro.
Pois são sinceros e querem te dar força...
Pra continuar caminhando pela estrada de tijolos amarelos.

Amo.
Incondicionalmente.
Simplesmente Amo.
Um comentário que virou post...

domingo, 6 de dezembro de 2009

O Casamento da Minha Melhor Amiga


"Amor não é olharem um para o outro. mas sim olharem ambos numa mesma direção."
(Antoine de Saint-Exupéry)


Ontem, 05 de Dezembro de 2009, eu estava presente em uma cerimônia onde duas pessoas que um dia se encontraram por acaso estavam passando, talvez, pelo mais importante rito de passagem: o casamento.

Essas duas pessoas não eram pessoas qualquer... Era a minha melhor amiga (meninas, não se ofendam ou achem que gosto menos de vocês... por favor!), era a minha cúmplice, a minha confidente, a minha companheira, minha irmã que Deus permitiu a escolha... A pessoa que me fez acreditar depois de tantos anos em amizade verdadeira e seu noivo, aquele que eu já cheguei a não ter tanta simpatia à algum tempo, mas me fez ver que atrás desse grande (grande mesmo) homem com cara de mau, existe uma pessoa cheia de sentimentos e um amigo que passo-a-passo passei a gostar. Eu estou falando da Fê e do Défa... Tá bom, ontem apresentados como Fernanda e Jefferson.

Posso ser suspeita para falar deles, Ok!, mas mesmo assim arrisco alguma coisa. Ontem a cerimônia estava perfeita, ao som da marcha nupcial tocada por trombetas, a noiva mais linda, acompanhada pelo seu pai, atravessou aquele percurso sobre um tapete vermelho digno da vitória a qual ambos estavam conquistando. Não acompanhei toda a história, em dez anos, de perto, mas nos últimos cinco anos eu estava lá presente... Na alegria e na tristeza, afinal, amizade também é uma promessa feita sem palavras.

Foram diversos episódios das quais muitos eu não lembraria para citar, e acredito que a essa altura do campeonato já não tenham mais tanta importância, que marcaram uma mudança radical na vida de ambos... O mais importante disso tudo, é que apesar da "pausa" que tiveram nesse amor, eles um dia se olharam e perceberam que existia amor capaz de superar isso tudo.

O intuíto desse post não é dizer o quanto a Fê é especial, porquê disso ela já sabe, é apenas desejar que eles sejam muito felizes... Que tracem juntos a linha do tempo que os fará construir uma família abençoada. Que se algum dia tiverem dúvidas do amor um do outro, que olhem para trás e percebam o quanto lutaram (literalmente) para ficarem um com o outro.

A certeza que nada mais será como antes é fato, mas eu não sou egoísta ao ponto de não desejar isso, que é o essencial, a eles porquê não andaremos mais tanto pelos mesmos caminhos, a bifurcação chegou, mas isso não impede que um dia as estradas voltem a se encontrar em outras situações...



Sejam MUITO Felizes!!!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Uma constante e variável forma de se pensar...

" Posso não saber o que quero...
Mas o que não quero, sei muito bem!"

Com o tempo nos tornamos mais exigentes, em todos os sentidos. Tudo passa a ser mais criterioso para que haja aceitação e há também o fato de que os gostos mudam. E como mudam! Se parar para pensar nesse processo de mudanças, eles começam lá atrás, quando deixei de querer usar as roupas que minha mãe queria que eu usasse, ou o corte de cabelo tigelinha daquele cabelo preto, liso e escorrido... Ter o meu gosto, a minha opinião, minhas vontades.

Não se torna exigente sem conhecer e é para isso que existe a experiência, a curiosidade do novo, a ousadia e até mesmo os empurrões. Ousei um dia saber até onde eu podia ir e descobri que posso ir muito longe, por horas e horas, incansavelmente, destemidamente até chegar no destino proposto e, as vezes, além dele. Descobri que nesse caminho toco estrelas, deslumbro ceus e provo novos sabores. Percepções ao novo... Hoje, prefiro guaraná à coca-cola, entende? Literalmente e figuramente falando.

Junto com esse processo de mudanças e definição de gostos, acabo montando a minha personalidade e o modo que sou vista perante minhas ações, atitudes e escolhas. Posso me colocar em diversas situações... Festas, barzinhos, baladas, empresas ou qualquer outro lugar que nele habitam seres humanos. Definitivamente, você é aquilo que constrói para si. Se eu me colocar em uma posição porra-louca, é nela que as pessoas irão me ver... Se me colocar na posição careta, também é nela que as pessoas irão me ver.

Pai, irmão, mãe, baladeiro. Certinho, bonzinho, legal, chato, "dado", quieto... Enfim, é a sua imagem! E tudo o que fica exposto está sujeito a uma série de prós e contras. Está sujeito ao sol, calor, ventos, brisas... Relâmpagos e tempestades. Diversas situações que podem te fazer querer permanecer por simplesmente fazer bem, ou querer mudá-la por certo incômodo ou porquê simplesmente você não suporta mais aquele reflexo no espelho, que mesmo mudo, grita e anseia por mudanças radicais, te faz uma cobrança cega sobre tantas coisas que você deixa passar, mas não deveria. No meu caso, eu perdi o meu medo da chuva, parafraseando Raul.

Filosofias baratas divagam sobre auto-aceitação. Eu discordo de certas teorias por acreditar, tornando-me redondante, que você cria a sua imagem com aquele pacote recheado de complexos, dúvidas, desejos retraídos e um monte de "se's" contornando a embalagem. Acredito, sim, em mudanças e que possamos radicalizar em determinados comportamentos, desde que não se perca a essência e desde que você não mude para agradar ninguém, além de si mesmo.
Não é dizer sim para tudo e tão quanto não para tudo, é saber o que se quer, onde se quer e como quer. Ter opinião e defender seus valores. Traçar aquela linha reta com os objetivos e olhar para frente focando a meta. Se olhar para trás, que seja apenas para aprender com o que se foi, mas não para ficar preso no passado. Lembrando que pensamentos sem ações, são apenas pensamentos...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Quando os Cristais se Quebram...


... tudo, um dia, acaba!!

Uma palavra mal interpretada ou dita em má hora, um gesto entendido da forma adversa ao intuito, um olhar de canto de olho, uma atitude tomada em um momento de emoção demais, felicidade demais, desejo demais... e de repente um "creep"...

Quebrou. E como todos os cristais que se quebram, nunca voltam a ser os mesmos por mais que se tente juntar os cacos. Muitas vezes, os cristais não quebram de uma vez... Eles começam com um pequeno trinco e passam a ser manuseados de forma cuidadosa e cheia de tatos. De fato imediato, passam a ter mais ou menos valor... depende do ponto de vista.

Os pensamentos são aleatórios... Sobre maneiras corretas de falar, de interpretar surtos, gritos e até mesmo lágrimas. Tentando de certa forma ficar sempre do lado do vidro onde só se vê a esfera, o lado de fora, mudando a forma das coisas a cada rodar da base com as mãos.

E como sempre constante... As ações mudam o caminho, e cada vez mais deixa confusos os pensamentos sobre o que é ou não verdade. Se é que existiu algum dia uma verdade.

Mas não há nada pior do que o estrago que o cristal quebrado faz, ele corta, ele sangra e muitas vezes deixa o vermelho tinto em cima de muitas coisas, as vezes, manchas que são totalmente inapagáveis e cortes que por mais que cicatrizados, sempre doem...

Em uma noite fria, ao ouvir uma música ou sentir um cheiro...


domingo, 9 de agosto de 2009

Metade


Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que triste
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.


Oswaldo Montenegro

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O segredo daquele olhar...

À Paixão...
Eu te Desafio!!!!

Sinto-me instigada a descobrir os segredos de um olhar, a desvendar os mistérios que nele se encontram e que cada dia mais move os meus instintos... aguça o querer... desperta o sentir e ... Ahhh!!! Anda me fazendo suspirar...

Em determinada situação ouvi de uma pessoa especial uma frase que serve para mim: "Muita coisa perecível chegando com data de validade vencida em minha vida"; ouvindo isso decidi abrir a minha geladeira particular e revirar as gavetas que armazenavam uma série de coisas que ficaram por ali... Não estavam incomodando, não estavam nem se quer marcando presença. As vezes, entre uma hora e outra, eu as olhava pensando que seria interessante não deixar o prazo vencer e quem sabe, desgustar mais uma vez de sabores e sensações que pudessem me proporcionar... Mas aí elas continuaram lá. Como tornaram-se invisíveis eu não as sentia, apesar de pensar... E com o tempo elas começaram a cheirar mal. Um cheiro fétido de desprezo, de soberba, de egocentrismo e luxúria. Esse cheiro me causou diversas sensações e uma delas, a melhor de todas, me fez aumentar o meu amor-próprio e perceber que muitas vezes vou a "feira" e trago coisas demais para casa, trago muitas vezes o "lixo para dentro", ilustrando com a frase de Tudo Pela Metade, de Marisa Monte.

E foi meio assim, meio sem querer, em meio a tantas decisões que tenho que tomar e tantas coisas para colocar em seus devidos lugares que ele ressurgiu, como sempre esteve: em sua beleza indiscutível, com sua inteligência inquestionável, com aquele jeito tímido que fica sempre que eu o olho um pouquinho mais e com olhares que qualquer poeta dedicaria tempos e tempos para escrever cada detalhe... Cada movimento articulado de meu corpo sempre se virando em sua direção, meus olhos ágeis sempre o colocando em meu campo de visão. Cada palavra que escancara meu ciúme evidente aos olhares que elas o fitam, aos comentários que surgem ou aos pequenos "esbarrões distraídos".

Mas nesse momento o que me consome não são esses sentimentos, não são as borboletas em meu estômago, elas mesmas que todas as vezes que penso nele começam a dançar em frenesi fazendo-me sentir torpe.

Não, não é isso...

É que pela primeira vez eu não sei como agir, eu que tão segura de meus atos tenho medo de dar um passo e não ter a certeza se piso em areia ou em concreto. O medo presente soprando em meus ouvidos... ele que sempre está aqui, colado em mim, hora revirando o passado, hora me fazendo temer o futuro. Falando nele, o futuro, não posso e nem quero prevê-lo. Não quero colocar "a carruagem à frente dos cavalos"... Mas quero sentir, da melhor maneira possível, tudo isso que hoje está presente em mim...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Um ano, hoje, sem você...


"And I'd give up forever to touch you

Cause I know that you feel me somehow

You're the closest to heaven that I'll ever be

And I don't want to go home right now

And all I can taste is this moment

And all I can breathe is your life

Cause sooner or later it's over

I just don't want to miss you tonight"


Hoje eu senti sua falta como nunca havia sentido antes.

Hoje eu poderia tocar o silêncio fúnebre que estava em meu coração e ficar durante muitas horas o acariciando e olhando-o com pesar.

Hoje eu reabri o meu baú, aquele mesmo que eu tinha jogado a chave fora e jurados aos mil deuses que jamais o reabriria. A minha caixa de pandora. Revivi cartas, históricos, músicas... e pior, imagens. Nelas você sorria, nelas você me olhava com paixão, nelas eram você e eu, apenas.

Pude sentir novamente a paixão que havia sido enterrada a sete palmos e como um fantasma maldoso, ela veio me assombrar. Ela veio sussurrar em meus ouvidos que você hoje não está mais comigo, que você ao menos pensa em mim. Que sorri a outros olhos, que beija outra boca, que jura teu amor, aquele que um dia você disse ser só meu, a outra pessoa.

Ao som de Íris, escrevo essas palavras com os olhos embargados em águas que me queimam por dentro. Elas descem pelo meu rosto com um monte de "se's" e "por que's" anexados.

Quando eu jurei por Deus te esquecer, eu traí a mim mesma, eu traí as minhas promessas e fui fraca ao ponto de te deixar escorrer por entre meus dedos... Te vendo partir sem olhar pra trás, sem ao menos se perguntar que tipo de amor existia em você que se permitia dar o primeiro passo de uma longa estrada sem mim.

Fico as vezes me perguntando se estás feliz, se existe amor em você e se esse amor te completa. Porque dentro de mim existe a sua ausência escancarada, existe teu cheiro ausente, existe as nossas conversas mudas, existem as juras que não foram feitas e as músicas que não foram dedicadas. Existe você, inteiro.

Lembra aquela expressão: "To Fall"... Ela ainda existe em mim... e em você?
"Quero você inteiro e a minha metade de volta"