
Não há lembranças
E sem lembranças,
Não há saudade...
Porque a Saudade...
“É tudo que ficou
Daquilo que não ficou.”
E sem lembranças,
Não há saudade...
Porque a Saudade...
“É tudo que ficou
Daquilo que não ficou.”
Eu muitas vezes me pego vendo fotos antigas, antigos textos, antigas agendas. É engraçado como são as fases da vida. Da minha principalmente. Eu adorava fazer agenda, tenho até hoje um diário secreto que como sempre digo, só será divulgado com a minha morte. Mas essa parte das agendas é bem engraçado mesmo. Tenho muita coisa guardada, eu gosto de guardar as lembranças. Tenho mensagens dos amigos, porquê antes a internet era coisa muito moderninha, e minhas amigas e eu trocávamos papéis de carta. Eu fazia uma coleção interminável desses papeis decorados, alguns até cheirinho tinham. E a cada carta trocada, esta ía para a pasta como um troféu. A época do papel de carta passou e logo vieram as enquetes, como comentei no "meme" que recebi da Lili. Em seguida as agendas, um relato dos dias, um livro dos dias.
Nessas agendas tem muita coisa escrita interessante, para uma cabeça de 12 / 13 anos de 10 anos atrás. É claro que tem muita besteirinha, do tipo "parachoque de caminhão". Mas muita verdade de sentimento.
O mesmo sentimento tenho quanto as fotos, quanto ao passado. Das coisas tristes nem papéis tenho mais, mas dos bons momentos guardo todas. A era ainda não era digital e as fotos reveladas ficam guardadinhas por aqui, para serem revistas, relembradas...
Lembranças... em meio a tudo isso me vem Cecília Meireles, que vos deixo para encerrar esse post cheio de saudades...
Não sejas o de hoje.
Não suspires por ontens...
Não queiras ser o de amanhã.
Faze-te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.
Em todas as existências.
Em todas as mortes.
E sabes que serás assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue:
É a passagem que se continua.
É a tua eternidade.
És tu.