quarta-feira, 5 de março de 2008

...Sou uma mulher possível de meninas que fui...




Quero passear com a menina que fui.
Quero andar de mãos dadas, chupar manga e rir à toa.
Não a levarei a lugar nenhum.
Nenhum lugar lhe mostrarei.
Não irei a catedrais nem montanhas.
Ela sim abrirá os portões com as chaves que há muito eu perdi.
Ela sim cantará as canções que me alegravam.
Eu a seguirei apenas.

Que linda menina fui.
Sentada sob o azul de meus anos percebo que ela sorri
e nenhuma lágrima meus olhos chora.
Nos despedimos aqui (para continuar ali).
Olho-a com atenção. Ela não tem nada a agradecer.
Eu sim.

Um comentário:

  1. Opa!
    Mais um blog poético!
    Gostei daqui!
    Obrigado pela visita mocinha!
    Continue assim!
    Virei aqui mais vezes, é uma promessa!

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O uso da palavra define o ser humano. Raramente, num instante de meditação, ficamos livres do pensamento. Uma das nossas características centrais é que falamos quase o tempo todo, não apenas com palavras físicas, mas também mentalmente. Quando não dizemos nada para os outros, estamos dizendo coisas para nós próprios. Quando não escutamos alguém, ouvimos dentro de nós a voz interior das esperanças e anseios que habitam nosso universo pessoal.
Portanto, sintaxe a vontade, para expressar-te aqui!