quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Ciclos e Vivências


"Diante todas as conquistas
Liberdade concedida não me interessa
E eu não tenho pressa pra conferir
Nessa altura do campeonato
Não vou mais sair no braço pra ninguém me engolir
Quem perde é quem prega
Quem precisa é quem nega
O desconhecido exceção à regra
Que confunde e cega os pobres donos do mundo
A diferença tá na crença de quem pensa que pensa
E apenas alimenta
Meias verdades
Meias atitudes
Meias bondades
Nada disso me interessa e eu não tenho pressa pra conferir"

Começo a achar interessante colocar uma música a cada início do post, essa por exemplo, A Diferença da Zélia Duncan, ilustra um momento totalmente meu. Dentre tantas situações vividas, dentre tantos encontros e desencontros, chega uma hora que andar contra o vento cansa, remar contra a maré dá dor nos braços. Ajustar as velas é sim, a melhor opção.
Maturidade com os anos.
Entendimento de situações com o tempo.
Tenho certeza de que há muito a descobrir, muito a desvendar e principalmente, muito a aprender e que não adianta perder a calma, apressar o passo, sair correndo e tropeçar muito por causa disso.

Essas palavras são reflexos dos pensamentos que tive hoje pela manhã, enquanto aguardava minha palestra na Fundação Bradesco. Comecei a pensar nessa coisa de maturidade e tempo, nos ciclos da vida - infância, juventude, maturidade, velhice -, fases que não são determinadas cronologicamente, e na condição humana em constante movimento, o estar ou se tornar (mais) maduro – quando a maioria das potencialidades do ser humano se sazona e se torna realidade. Essas fases da vida estão associadas as mudanças de um conjunto de fatores biológicos, psicológicos e sociais que, de acordo com a história de vida de cada um, interferem em todas as esferas da vida.

Essa fase é caracterizada por ganhos e perdas. Citei a ida à Fundação Bradesco, porque estou fazendo um curso de capacitação para Deficientes Visuais, e praticando meu networking conversando com pessoas de idade superior a minha e área profissional de diversas atuações, percebi que os ganhos mais significativos estiveram relacionados com o conhecimento e a sabedoria vindos da experiência de vida, enquanto as perdas, com o aspecto do corpo físico.
Ficou evidente que a maturidade provém das experiências vividas durante todas as etapas da vida, que ficam registradas e deixam diferentes marcas no corpo de cada uma. A maturidade é um período em que as pessoas voltam o seu olhar para si, uma vez que as situações com família e trabalho - que se configuram como as que mais demandam atenção antes disso -, parecem estar mais resolvidas com os filhos já crescidos e a aposentadoria mais próxima.

Parece que a necessidade de responsabilidade é consigo mesmas. A partir dessa “auto-valorização”, é comum a busca por alternativas para cuidarem de si e também para preencherem o tempo, a necessidade de socialização e trabalho voluntário.

Diante dessas conversas e muitas risadas, percebi que realmente de nada vale a pena tentar pular fases que temos que passar, como diria minha mãe, dar o passo maior que a perna, porque a longa estrada da vida é constituída passo-a-passo.

8 comentários:

  1. Concordo com a tua mãe e sempre digo aos meus filhos " devagar se vai longe "
    Abraços e boa sorte

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  2. Realmente temos que aproveitar cada fase, pois passam rápido e depois sentimos falta e queremos voltar no tempo coisa que não é possível...
    Obrigada pelo selo viu?? logo cito que vc me deu..

    beijos

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  3. Oii,
    Quando descobri que conhecimento é uma coisa e sabedoria é outra não tentei mais queimar etapas.
    Adorei, Jamille.

    Nossa, amei o selinho , ja estou carregando!

    E valeu por gostar do que eu escrevo...ja somos duas, rsrsr

    Beijos
    Seu blog ta 10.

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  4. Olá, Jamille, passei para retribuir a visita. Nos encontraremos no Blogueiros.

    abraço.

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  5. Oii..
    Cada estapa é importante, uma complementa a anterior e dá base para a seguinte, se você pular alguma, vai ficar faltando algo.


    Adorei o presente.. bigaduuu

    beijão e bom restinho de semana

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  6. "chega uma hora que andar contra o vento cansa, remar contra a maré dá dor nos braços. Ajustar as velas é sim, a melhor opção."

    Gostei muito deste trecho, e também penso que é importante se entregar de corpo e alma ao que se vive...

    Ótima reflexão...
    Bjos
    Leandro

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  7. eu ja tentei pular algumas fases da minha vida mas só me enrolei. Aprendi que tudo é necessário e são esses fases que contribuem para sermos o que somos.

    ate+

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O uso da palavra define o ser humano. Raramente, num instante de meditação, ficamos livres do pensamento. Uma das nossas características centrais é que falamos quase o tempo todo, não apenas com palavras físicas, mas também mentalmente. Quando não dizemos nada para os outros, estamos dizendo coisas para nós próprios. Quando não escutamos alguém, ouvimos dentro de nós a voz interior das esperanças e anseios que habitam nosso universo pessoal.
Portanto, sintaxe a vontade, para expressar-te aqui!